quinta-feira, 1 de abril de 2010
Sonhos.
Talvez eu nunca chegue a ser o que sempre sonhei,
Debruçada no zelo de tão estranho caminho,
Correndo por entre brumas e espinhos,
Abraçando a sorte que por vezes me escapa entre os vãos dos dedos,
Segredando ao mundo meus mais temíveis medos,
E não sei onde me dói,por diversas vezes é a consciência que se corrói,
E sentada á beira do caminho, a espera do tão indomável destino,
Cegando a percepção do que é belo,
Abrindo os olhos ao meu próprio flagelo,
Passando por tantas vidas,
Sem entender a que é minha,
Deixando correr lágrimas que se perdem na poeira,
Desaparecendo como desejos sem eira nem beira,
E como cego viajante,
Vislumbrando o que se segue doravante,
E a cegueira do inconsciente, como transe me enche,
Logrando de tanta agonia que me abala,
Diante de um sorriso que se cala,
E aos meus olhos o mundo se torna cinza,
De sentimentos que me aterrorizam,
Me aprisionando em algum mundo,
Retirando de mim o que há de mais profundo.
E o eco de minhas vozes interiores,
Se espalha como pedintes de favores,
Na esperança de que alguém as ouça.
E assim vou seguindo nessa vida,
Sem saber se de fato é minha,
Entregue á sentimentos que não conheço,
Que as vezes de mim se fazem avessos,
Abraçando sonhos que sempre sonhei,
Na imensidão de um futuro que nunca imaginei.
Raquel Luiza da Silva
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