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sábado, 3 de abril de 2010

Espelhos.


Os olhos pousam sobre a superfície do espelho sem reflexos,
Não há nada que reflita pensamentos sem nexo,
Linguagem muda de um coração que pouco sente,
Apenas consente,
Não traduz em língua alguma sua melancolia lancinante,
Parece complexo e ao mesmo tempo coadjuvante,
E os olhos que outrora a beleza vislumbravam,
De tão úmidos parecem espelhos,
Espelhos da alma,
Embaçados de um sereno salgado,
Refletindo o que não se pode tocar,
Sentimentos mudos e vazios,
Que não se conseguem esconder num olhar,
Porque os olhos sempre dizem o que o coração insiste em não querer contar.

Raquel Luiza da Silva.

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