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domingo, 28 de março de 2010

Jeitinho brasileiro


Dancei samba na grande aquarela da vida,
Vestida de baiana,
Tão perfeita quanto o figurino manda,
Aprendi a jogar fora a dor que aperta o peito,
Cantarolar uma canção alegre, ainda que sem jeito,
Andar com passos lentos,
Deixar os cabelos ao vento,
E ainda que sem ver o mar,
Descobrir as ondas que ninguém consegue acalmar,
Tenho instintos de cavalo bravo,
Os piores talvez,
Correr solta, sem rédeas,
Fazendo tudo como se fosse a primeira vez.
E gritar para os ouvidos do outro lado:
É esse o caminho ou tá errado?
E se responderem eu sigo,
E senão, me viro,
Sei lá, se a vida tem gosto de rio ou gosto de mar,
Por vezes sei que é doce, por vezes salgada,
Por vezes se caminha,
Por vezes se para,
E no samba brasileiro,
Pão de todo dia,
Com ou sem tempero,
Nas bordas de um copo,
Ou nas barras da vida,
A gente constrói,
A gente recria.
E aos que não acreditam... Viver é isso,
Andar certinho,
Ou em pleno e total desalinho.

Raquel Luiza da Silva

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