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terça-feira, 23 de março de 2010

Gaiola.


Não há mais nada a fazer,
O trem já partiu,
A casa está vazia,
Apenas uma foto a me olhar,presa á parede,
Esquecida propositalmente ou presente de despedida?
O cheiro de perfume ainda invade as narinas,
Porém não há mais calor ou sinal de outra humana vida,
Migalhas de pão sobre a toalha,
Resquício do ultimo café tomado na sala,
O canário se calou,
Talvez também sinta a minha dor,
Fingi ser forte até o ultimo instante,
Mas agora não tenho que simular tranquilidade em meu semblante,
Só o canário me espia, a casa está vazia,
Me olha da gaiola,
Isso me incomoda,
Talvez sinta como eu o valor de algo que perdeu,
Sei o que devo fazer é hora de deixar o tempo correr,
Abro a portinhola de metal ele se vê livre afinal,
Então ele voa tranquilo a gozar a liberdade,
Enquanto me aprisiono numa gaiola de saudades.

Raquel Luiza da Silva.

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