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quinta-feira, 4 de março de 2010

Fé não tem cor


É o batuque no terreiro,
Os tambores o ano inteiro,
No gingado da fé,
Fé que não tem cor,
Nos cânticos,
Em todo canto,
Dos filhos de Ogum, Nanã, Iemanjá, Exu, Xangô...
Nas orações e nas cantigas,
Das entidades libertárias,
É a cultura que cresce em meio á represália,
Nas histórias que o vô contava,
Numa realidade imaginária,
Dos filhos de Oxalá, Oxum, Iansã, Obá...
E são tantos filhos, de tantos Santos,
De cores diversas, de tantos cantos,
Abraçando a cultura da fé,
Fé que não tem cor,
Nos cânticos á Oxossi, Obaluayê, Ossaê, Oxumaré...
Na difusão de uma paz sem barreiras,
De um interior sem fronteiras,
Que se abre na proteção de quem nos guia,
Na coloração de várias guias.
E o Cântico é de liberdade,
Sem dor, sem mágoa, sem maldade.
Na beleza do gingado,
No respeito ao sagrado.
Na dança sagrada da vida,
Num grande terreiro, com muito axé,
De filhos de todas as cores, de todas as raças,
Agradecendo á seu modo a paz, a saúde, o amor...
Difundindo a certeza que fé não tem cor.

Raquel Luiza da Silva

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