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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ainda não sei.


Infernal melancolia de aroma intrigante,

Me enchendo a boca com seu sabor amargo,

Me queimando a lingua feito brasa viva,

Trazendo ao meu vocabulário palavras secas, sem vida,

Talvez seja eu sua escrava,

Ou doce ameaça que adorás brincar,

No teu joguete todo ladrilhado como peça num tabuleiro de xadrez,

Ou a figura solitária no seu quadro por pintar,

Diga-me infernal sentimento, o que fiz para escravizar-me?

Acaso minha desgraçada sorte escolheu-te antes de me consultar?

Ah...Talvez andavas já a me espreitar desde o berço,

Lançando seu olhar negro sobre meus caminhos,

E eu deixei que me enlaçasse em teus braços de ilusão,

Me entregando tal se faz ao amante sonhado,

Quero voltar, podes acaso me soltar a alma?

Desaprisionar o coração desse aperto sem razão?

Cale-te, não posso ouvir-te, desejaria não senti-la como sinto agora,

Avassaladora á arrebatar-me ao vácuo que é a solidão que se aloja em mim,

Quero partir,

Não para onde tu escolherdes,

Mas para onde haja sol,

Sim! Sol!

Para trazer vida onde tu transformastes em deserto,

E abrir o mais belo sorriso do qual já havia me esquecido há tempos.

Vá melancolia imoral,

Afunda-te em teu negror,

Não á quero mais aqui,

Tornar-me-ei livre, feito os pássaros no céu,

Decidi que ñ mais a quero comigo,

Porém, não sei como expulsá-la de mim.


Raquel Luiza da Silva

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quando me falta inspiração...


Quando me falta a inspiração,

Me apego á razão

Razão?

Razão essa de ser...

De tentar entender que nem sempre querer é poder...

Mas que poder é uma busca, quando se quer ser...

Então hoje tou meio assim....

Esquecida dos versos,

Das rimas...

Tou na minha,

Perdida num emaranhado de letras,

Que se perdem num mar,

Sem saber o que irão formar,

Hoje, me foi embora a inspiração,

De tal forma que me sinto meio que abandonada,

Como vira-latas embaixo da escada,

Sentada aqui pensando no que pode vir,

E a inspiração?

Tomou férias, dando espaço para a razão.


Raquel Luiza da Silva



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Receita para quem tem medo de "escuro".


Receita para quem tem medo de escuro:


Muita luz.


Geralmente temos medo do que se posiciona á nossa frente e não podemos ver, coisas de sentidos, formas, ou muitas vezes sem sentido e sem formas mesmo, mas que nos assustam de tal maneira que nos tornam incapazes de qualquer atidute defensiva.

Bom...o "escuro" do qual falo não bem aquele que quando crianças nos bastava um abraço de mãe e a luz acesa para amenizar nosso medo, mas são várias formas de escuro, o escuro psicológico, aquele que nos leva á perder o foco da vida, centralizando nossos atos e ações em um único rumo que nos empurra pelo despenhadeiro da depressão, também tem o escuro da autosuficiência, aquele que nos transforma em nosso próprio deus, exaltado e sempre acima de todos, culminando a solidão total, chafariz para falsos amigos, mas também há o escuro do poder, onde não se limita tipos de ações para chegar á tal, muitas das vezes, ações obscuras.

O mais interessante é que as várias formas de escuro aqui citadas nem sempre nos aparecem ameaçodora e feia, muitas das vezes possuem uma certa luz atrativa que nos cega para as verdades e só nos damos conta disso quando já estamos de cara na... Desculpem-me o linguajar, mas é o mais claro possível, quando estamos de cara na "merda", daí, tudo se transforma em situações e sentimentos para entender quem é o culpado, nos custa entender que nós somos os únicos culpados, pessoas podem ter contribuído, claro, mas a permissão para chegar á tal ponto foi nossa, essas são fomas mais agressivas de escuro, mas existem tantas outras, que atingem tantas pessoas, você e eu.

Certa vez me indaguei á respeito de uma senhora casada que amava um jovem rapaz, eu dava a ela o ouvido para seus sonhos sem pé nem cabeça, mas nunca tive coragem de dizer que estava á viver num mundo de sonhos e ilusões, por fim me via á beira de um ataque de nervos cada vez que meu celular tocava ou recebia uma mensagem dela, falando do amor por um cara que não tava nem ai p/ seus sentimentos extra-conjugais,pasmem, apesar da frase estar no passado essa situação ainda continua, a descrevi num tempo que se passou pelo fato de ser algo que não quero que continue, ela ainda me liga e ainda me doi a cabeça.

Esse é meu escuro, não saber dar fim á uma situação que me incomoda, pelo simples fato de não querer magoar as pessoas, mas não levo em conta os malefícios que essas situações me causam, essa é uma das minhas várias fraquezas, ou melhor, é a forma mais visivel de manifestação do escuro em minha vida, sei que preciso de luz, mas tenho medo de causar uma verdadeira escuridão na vida das pessoas.

Bom...Um pouco mais de ação na vida pode resolver vários males, sempre se é bom remover coisas que não têm utilidade em nosso bem estar, pessoas, objetos...Tudo o que nos leva de um modo ou de outro á tantas formas de escuros e só há uma modo para isso, encher a vida de luz, muita luz.

A luz que falo não é a elétrica que pode ser acionada por um plug, mas sim todo o tipo de coisas boas que você pode "expelir" de dentro para fora e ao mesmo tempo transformar em atos e ações que também atinjam seu semelhante, fazendo com que você se sinta bem por isso.

Basta entender sempre que quando se ilumina uma vida, se ilumina á si próprio.

Não se permita á escuridão, nem que ela venha a se manifestar em sua vida de várias formas, aprenda á acreditar em si, dar uma chance á si ao invez de fazê-lo primeiro aos outros, uma pessoa de mal humor não poderá fazer feliz quem precisa de um sorriso, assim como uma alma doente não saberá de modo algum iluminar quem precise de um apalvra amiga, pense nisso, a beleza das coisas só depende da maneira como você as encara, olhe para elas com maus olhos e verá a escuridão se manifestaar em sua vida, olhe para elas com bons olhos e verá um jardim de luz e oportunidades se abrir em sua vida.

As cores do meu destino eu escolho, assim como as cores de minha casa, trate seu destino como sua casa, que muda de ares e formas á cada dia, saiba iluminá-la de tal forma que hja um jardim florido em canto.


"Eu vim como a luz do mundo, assim todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas" (Jesus-Jo-12-46)



Raquel Luiza da Silva.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O segredo.


Hoje tou meio assim, sem saber de mim,

Meio largada, meio sem nada,

Com vontade de tomar um sorvete de vento,

Dormir no relento,

Olhar a chuva cair em pleno sol á pino,

Deixar os minutos correrem sozinhos,

Hoje quero deixar...

Tudo em seu lugar,

Nada de trazer o que passou para o lado de cá,

E então hoje é dia de querer,

Ser, ter, poder,

Numa digestão de memórias,

Rolar nas páginas da história,

Observando o breu lá fora,

Porque é isso o dia de amanhã,

O breu que chega com cheiro de maçã,

E só quero um pouco de paz,

Coisa que se quiser a gente faz,

Pedir á Deus um pouco mais de tempo,

Para achar antídoto para tanto tormento,

Então, hoje eu quero,

Só querer,

De forma tal,

E de tal forma,

Que não vou ter nem poder,

Tudo de uma só vez,

Então quero respirar devagar e contar até três,

Para decobrir que o segredo da felicidade,

É deixar que ela chegue de surpresa,

Sem tornâ-la prisioneira de nossas vontades.



Raquel Luiza da Silva.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ciranda.


Na roda da vida brinquei de ciranda,

Observando luas e sois de minha varanda,

A janela de minha morada se abre para o infinito,

Encantando-me com o desfile do belo, do bonito,

E então descobri que o mundo gira,

Em torno de minhas idéias,

E eu? Sigo minhas Odisséia,

Aprendi á cantar a canção da esperança,

Com doce letra, cantiga de criança,

E á cada giro da vida,

Descobrindo mil saidas,

Se uma não dá certo,

Não há motivo para me isolar num deserto,

Porque a vida gira...

Como as pás do moinho de vento,

No rítmo da canção, na dança do tempo,

Assim vou brincando de envelhecer,

De forma bem demorada,

Sem medo, nem nada,

Apenas girando...

Girando...

Girando...

Nessa grande ciranda,

Que é a vida,

Observando luas e sois, dee minha varanda.


Raquel Luiza da Silva






domingo, 25 de outubro de 2009

O vestido vermelho.




Marco Antônio afrouxou o nó da gravata, já estava alí parado naquela esquina oculto pelas sombras das árvores há mais de três horas, havia deixado o carro na outra rua para não levantar suspeita, teria que ver com seus próprios olhos, que a esposa o enganava, será que não estava sendo um bom marido? Será que na cama havia deixado de ser um bom homem? Várias coisas lhe passavam pela cabeça naquele momento, passou as mãos pelo rosto afastando o suor que o nervossismo lhe causava, pôde ver quando o táxi parou em frente ao hotel, não conhecia ninguém alí, não que se lembrasse, a reconhecera pelo vestido, ela havia pedido dinheiro para comprá-lo, falara tanto dele que consentira entregando á ela o cartão de crédito, agora lá estava ela á traí-lo, de certo outro homem a despiria, fariam amor e ela no dia seguinte voltaria tranquila para casa como se nada tivesse acontecido.


_Isso não pode acontecer._Desviou-se do carro que quase o atropelou, andou rapidamente, por ser um médico famoso passara sem dificuldades pelo porteiro que até diz ter lido alguns artigos seus numa revista, perguntou ao recepcionista pela moça de vestido vermelho que acabara de entrar, ele lhe informou._ Apartamento 89._Aguardou com anciedade o elevador, estava vazio, sentiu-se bem por isso, não queria que alguém visse o que ele estava prestes á fazer.


_Boa noite, senhor.


Ele não respondêra a velha senhora que o cumprimentara, seguiu calado, hesitou em frente a porta, olhou atentamento o número 89, tinha certeza que ele ficaria gravado para sempre em sua vida, queria acabar com aquilo logo, bateu, ninguém veio atender, de certo estão se vestindo, pesou, bateu novamente, agora podia ouvir passos, apalpou algo no bolso interno do paletó.


_Querido?Já?


Ela lhe sorriu.


_Surpresa?


_Sim eu..._Abraçou-o.


Marco Antônio não conseguia controlar seu ciúme, so lhe vinha á mente aquele homem, que ele imaginava estar alí dentro, á tocar aquela pele morena, roubando de si o coração daquela que ele tanto amava.


_Porque fez isso comigo?_Chorava.


_Porque não via outra maneira de contá-lo.


_Deveria ter contato.


_Seria muito simples, queria que fosse nessa data especial, queria que soubesse que nós...


_Nós?_Ele não titubeou, enfiou a mão entre seu corpo e o dela e o estampido foi abafado por tamanha proximidade, sentiu o sangue quente a molhar-lhe o corpo, afastou-a vendo o olhar assustado._Eu não queria fazer isso, mas você me obrigou._Chorava._Não devia ter me traído.


_Nunca o traí...


Aquelas palavras transpassaram sua carne como uma afiada daga.


_Então...?


_Preparei uma festa hoje pelo seu aniversário, queria contar-lhe..._Levou a mão á barriga levemente avolumada, deixando fluir seu ultimo supiro de vida.


O famoso médico jogou-se sobre ela implorando que não morresse, dizendo que a amava mais que tudo, foi assim que os primeiros convidados o encontraram, ele não tinha forças para tirar a própria vida, também não o faria, havia colocado na arma apenas uma bala, queria que o suposto amante sofresse pela falta dela como ele sofreria, porém, não havia amante algum e ele carregou consigo a culpa da morte da esposa inocente e do filho que ela gerava, enlouqueceu por deixar-se levar pelo ciúme possessivo, a cadeia era para ele o maior alívio, quando o perguntavam o que fez, ele apenas mostrava o vestido vermelho que retirava de uma caixa de papelão já envelhecida, dizia que alí estava seu maior erro.


Ninguem soube ao certo tudo o que aconteceu, os outros presos o encontraram abraçado com o vestido, como que dormindo, porém sem sinal algum de vida, ao lado uma carta dizendo que iria se encontrara com a amada por não ter tido tempo de se desculpar com ela, no chão um pequeno frasco contendo restos de um líquido verde que ninguem nunca soube como ele adquirira e assim a cela ficara vazia, apenas contendo uma cama, sobre a qual havia um vestido vermelho e ao lado dele um frasco vazio, decisão dos presos, para que todos que ali passassem se lembrassem que o amor é vivificador, mas seu excesso misturado com o ciúme é tão mortífero quanto qualquer outro veneno de poder letal.




Raquel Luiza da Silva.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tarde demais...


Palavras ditas tarde demais,

O sentimento que se encolhe e se esconde,

É o medo que não o deixa crescer,

E ele se encolhe, se esconde...

A rudeza das palavras a sofrejar na mente,

De tal forma que torna em eternidade o momento presente.

E as lágrimas não tardam á vir,

Quentes com a frieza da dor que carregam,

São cristais que desprendem da alma e nunca serão lapidados,

Porque carregam consigo a vulnerabilidade do coração,

São senssiveis ao toque de mãos.

E a boca maldiz o que não foi pronunciado,

A culpa na mente faz renegar o que ainda resta do ser,

Virá a espera por uma nova chance,

O peito se abrirá em esperança,

Abrigando sentimento novo,

Para que se aprenda que errar é humano,

Que ter medo é a melhor forma de dar vazão á não realização de sonhos,

E então não se saberá se a espera é pior do que a dor presente,

Tal como sente,

Dilacerante,

Corrosiva,

Fria,

Mesquinha...

E as palavras chegaram tarde demais,

Porque a lua já vai alta no céu,

Se despindo da noite que tanto ama,

E as sombras agora são apenas sentimentais,

Enquanto o coração jura para si que não haverá outra chance,

De chegar tarde demais.



Raquel Luiza da Silva.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Insônia




Em algum lugar tiquetaqueia um relógio, posso imaginar os ponteiros á lamberem vagarosamente a superfície numérica.


Um leve ressonar vem do quarto ao lado, o que indica que meu pai já dorme á sono solto, ás vezes acordo com aquele som, seguido de um engasgo e uma crise de tosse demorada, depois um demorado suspiro vem novamente o calmo e pausado resonar.


Ouço agora o gotejar da torneira da pia do banheiro, meu irmão nunca á fecha direito, parece ter birra do objeto, só percebo esse som após minha irmã com quem as vezes divido o quarto se sentar na cama e dizer algo sem nexo, acontecimento não muito raro, faz isso várias vezes na noite e nunca se lembra de nada, agora uma suave música, aposto que minha irmã mais nova esqueceu o PC ligado de novo, apenas minha mãe dorme tranquilamente, calma...Talvez impássivel aos sons noturnos, apenas eu estou aqui a ver o reflexo da luz do poste entrando pela cortina verde da janela, graças ao enorme muro que separa minha casa da do vizinho, não temos nada para criar formas fantasmagóricas na parede, o que antigamente acontecia e me fazia chamar minha mãe altas horas para me levar ao banheiro, bom...Isso acabou quando eu completei 19 anos, mas essa é outra história.


Me viro de um lado para o outro, tentando me livrar da falta de sono que me agarra por todos os lados e me torna impaciente.


Agora os sons se tornam estafantes e parecem que me vão engolir, o pior deles vem do banheiro, parece que á cada gota que se desprende da torneira levo uma martelada na cabeça e me chega á doer as têmporas, tenho enxaqueca, falava-se que tal moléstia era coisa de rico, antes fosse, ao menos nós pobres estaríamos livres.


Me lembro de olhar as horas no celular, 1:45 da manhã, me levanto ás 5, já sei como vou trabalhar, parecendo um zumbí, meio acordada, meio dormindo entre os intervalos das músicas, bom que durantes as primeiras horas da manhã não me vão visitar.


Quando criança era fácil começar á contar carneirinhos e o sono vir, depois que crescemos os carneirinhos parecem se tornar touros bravos, a soltar fogo pelas ventas e trotar em nossa direção, me encolho embaixo das cobertas, meus pés começaram á gelar, resolvo apanhar as meias na gaveta do guarda-roupas, rapidinho e no escuro, me deito novamente agora já aquecida, a chuva parece um alívio brando que veio sem eu perceber, imagino coisas boas, viagens...E de repente me vem o sono, devagar...devagar...devagar...estou a fechar os olhos quando algo ensurdecedor me faz despertar assustada.


São 5 da manhã e tenho que me levantar.


Affffffffffffffff




Raquel Luiza da Silva

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Kd a net?


De repente me veio a inspiração,

Não havia motivo pra nenhuma aflição,

Liguei o PC, acreditando que seria fácil escrever,

Daí então tive uma triste percepção,

Minha net tava sem conexão,

Sei lá a que horas irá voltar,

Acho que hoje não vai dar pra postar,

Se bem que o hoje, amanhã, ontem será,

E é bom imaginar,

Será que alguém vai ler esse post quando eu postar?

Às vezes é bom escrever coisas idiotas,

Para fugir das exclamações detrás da porta:

Como ela é inteligente!

È bom as vezes contrariar essa gente,

No meu caso inteligência é só inspiração,

É bom não confundir para não ter decepção,

Também não chego á ser de todo burra,

Aprendi a contar e a ler,

Melhor ainda, consigo escrever,

Acredite quem quiser,

Em meu caso insperação sempre tem a realidade do que é.


Raquel Luiza da Silva

domingo, 18 de outubro de 2009

Da necessidade de se estar junto.


"Então o Senhor mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne seu lugar;ela se chamará mulher e levou-a para junto do homem."(Gênese cap2_versic21)


Desde a criação do mundo há uma real necessidade de se estar com alguém, ou seja, de ter-se ao lado alguém para compartilhar dores e tristezas, mas também alegrias e momentos de prazer.

Mas assim como a necessidade de estar acompanhado, há tempos se deixaram de lado o conceito de família, a intenção da únião entre Adão e Eva, o primeiro casal humano da terra era essa, estarem juntos, se apoiarem e se multiplicarem, levarem adiante não apenas a necessidade um do outro, mas também a coragem de estarem se doando mutuamente.

Ao longo dos anos desprendeu-se o sentindo de se estar junto, lado á lado, as mulheres para conseguirem seguir como os homens se embrenharam em lutas em busca de seus direitos, para serem vistas como carne da carne, não algo inferior, tendo a mesma coragem e ousadia.

Quanto a família, hoje se é mais difícil manter uma, já que temos o perfil da sociedade liberal e moderna, onde tudo é permitido, por isso não é ousado dizer que talvez Adão e Eva se davam tão bem pelo fato de que não havia concorrência, já hoje, temos relacionamentos desgastados, filhos problemáticos e um bando de infiéis desfrutando dos prazeres extra-conjugais, efeito da modernidade que desprende o homem e a mulher do que era aspiração de Deus, e nosso Éden se resume á um emaranhado de palavras presas nas escrituras e que muitas vezes queremos entender como nos apetece.

E o amor?

Vale lembrar da velha história do casal de namorados a observar a lua, então a mocinha pergunta ao amado:

_Querido, porque a lua se escondeu?

E ele não menos apaixonado responde:

_Oh minha querida!a A pobre lua ficou enciumada de ver tanta beleza em você que se envergonhou e preferiu se esconder.

Os anos se passam e o casal já unido em matrimônio volta ao mesmo lugar, talvez com o intúito de tentar reacender o amor que sentiam e já andava em decadência e a agora a ja então senhora pergunta ao então senhor seu esposo.

_Querido, porque a lua se escondeu?

E ele impaciente a ler o jornal dispara:

_Está cega ou é mesmo burra?Não vê que vai chover?

A convivência tem dessas coisas, os anos ao tornar as pessoas mais íntimas também as tornam insensatas, imaginando que a prepcupação e o carinho de outrora já são dispensáveis, pois moram sob um mesmo teto, o que devia ser o contrário.

Não que o amor esteja instinto, existem casais que ainda o vive com o frescor da juventude, colhendo á cada dia o fruto de se sentirem especiais um para o outro ao invés de serem apenas intimos.

Qual a fórmula da felicidades conjugal?

Não existe fórmula pronta para nada em se tratando de convivência, nada que se possa comprar ou fabricar, então basta entender que a pessoa que vive ao lado, não é apenas um vizinho(a) de labuta ou animador nos momentos ruins, é alguém que como você precisa dos mesmos cuidados e do mesmo carinho que você necessita para ser feliz.

Casamento não é apenas uma forma prática de se dividir as contas e os problemas, foi a melhor forma pensada por Deus de dizer:"Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada"(Gênese cap2-versic18), e assim uniu dois seres diferentes para se tornarem um só e sobre tudo se respeitarem em suas diferenças, criando um lar harmonioso e próspero, se assim o for o risco do divórcio é algo que passará longe.

Cabe a cada um descobrir o que vai ao seu coração, o que vai no do outro(a) é algo impossível, por isso, conquistar á cada dia quem está a seu lado é uma maneira de provar á essa pessoa a grande importância que ela tem em sua vida, (porém, nunca crie dependência de um sentimento, ou de uma pessoa), é a forma mais correta de ter esse alguém com você e mantêlo(a) livre para ser quem é, claro, dentro das linhas que os une e da necessidade que se tem de ser independente, porque casamento não é rédea ou laço, é o amor que sentiu a necessidade de ter um lugar certo e uma hora exata para se alojar.

Pense nisso, nas grandes possibilidades que se tem para se dar a chance de ser feliz e fazer quem está ao seu lado também, porque se viver só fosse a necessidade do ser humano Deus não haveria de se preocupar em criar para o primeiro homem uma companhia, porém só se una á alguém quando tiver certeza que viver só não é o que vai ao seu coração, para mais tarde não usar a falsa desculpa que o amor se acabou, porque ele nunca se acaba, apenas se esconde na esperança de ser reavivado quando dois corações se sentem impotentes diante de manterem viva a chama que um dia os uniu.


Raquel Luiza da Silva.



sábado, 17 de outubro de 2009

Flores para você.


À cada amanhecer a descoberta de um novo caminho...

São sonhos, são vidas, nada mais é que uma eterna busca...

Nada é por acaso, nada é em vão...

Vivemos o que temos que viver e depois...

Depois partimos para o descando, onde tudo é paz...

E não se é mais necessário viver sonhos, ou almejar a vida eterna...

Nesse lugar, apenas a paz nos basta...


Raquel Luiza da Silva.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pequena Andorinha.




Conta um velho fazendeiro, que ao longo de sua vida muitas coisas víra pelos campos onde criava seu grande rebanho de gado, mas nenhuma o marcara como a pequena andorinha, assim, todos que se achegavam de sua propriedade ele pacientemente fazia questão de contar o que víra...


Conta o velho fazendeiro que certa vez ao voltar dos pastos já castigados pela geada do inverno parara á uma certa distância ao ver um pequeno ponto negro a movimentar-se por entre as folhas molhadas pelo orvalho da noite anterior, apeou-se do cavalo e calmamente se aproximou, o suficiente para ver o que era, qual não foi sua surpresa ao deparar-se com tal cena, a mais linda e impressionante que seus olhos já haviam visto até então.


O ponto que vira era uma andorinha que já molhada pelo contato com o capim, pulava de todos os lados, como se estivesse agoniada, de inicio o fazendeiro pensou que ela poderia ter perdido algum dos ovos que chocava, porém ao voltar os olhos para a copa das árvores próximas, não avistara nenhum sinal que indicasse a existência de um ninho, aproximou-se mais um pouco e pôde ver ao chão outra pequena andorinha, parecia ferida, talvez houvesse se perdido das companheiras que fugiram dali á procura de lugares mais quentes, imaginara ele que a pobre ave tivesse passado toda a noite sobre a grama, castigada pelo frio, mas porque aquela outra, sã e com capacidade de voar estaria ali, submetendo-se á igual sofrimento se poderia já estar em terras quentes?


Ele não saberia responder, apenas ficou á observar o que se seguiria.


E qual não foi sua supresa ao ver a desesperada andorinha abrir as asas e pousar sobre a moribunda tentando aquecê-la, sabia o homem que aquilo de nada adiantaria, conhecia bem como o frio daquela região era capaz de levar á morte qualquer ser que não se agasalhasse o suficiente, doia-lhe o coração tal cena, mas esperou para ver até onde iria a perssistência da pequena ave.


As horas se passavam e a ave zeladora continuava sua batalha de reanimação, mas parecia sentir que estava a perder a sua amiga de espécie, novamente se ergueu, abriu as asas o máximo que pôde, talvez na tentativa de chamar atenção de algum bando, porém nada se via no céu além de vastas núvens escuras, pareceu sentir a responsabilidade que carregava consigo, se aproximou da moribunda novamente e sentindo a dor de sua decisão passou a arrancar as penas do próprio corpo fazendo gotas de sangue se derramarem sobre a enferma, a dor era tanta que vez ou outra seu trinado era dolorido e chegava á doer o coração de quem a ouvia. Se tivesse que morrer, morreria alí ao lado da amiga, assim, o velho fazendeiro descrevia o ato da pequena andorinha, um amor tão racional, vindo de um ser dito como irracional.


O homem conta que ao ver a avezinha novamente se prostar sobre moribunda montou em seu cavalo e seguiu, nada poderia fazer por elas, estavam á cumprir seu ciclo, com a razão que a natureza lhes dava, mas levaria para sempre em sua vida aquela lição " Sanariámos a fome do mundo se nos doássemos um pouco mais, mas não a fome que reclama no estômago, mas aquela que vem do coração, que nos cega os olhos diante da dor dos outros e nos tapa os ouvidos diante dos gritos da dor alheia"
"Amor como aquele, desprendido de qualquer tipo de cobrança, só existe puro e incondicional nas páginas da Bíblia, onde Jesus se doou em nome da humanidade, que ainda não compreendeu definitivamente seu propósito de morrer numa cruz."




Raquel Luiza da Silva.






quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sem inspiração


Doce vontade,


De repente me invade,


Incomodando-me lentamente...


Invadindo cada pedacinho de mim,


Bom...Sei la, mas...


Isso se chama vontade de dormir.






Sem inspiração hoje é nisso que dá. rsrrs








Raquel Luiza da Silva

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Para cada coisa existe seu tempo...


Tudo acontece quando tem que acontecer, não é por acaso que você veio ao mundo, aliás, já pensou qual seu papel aqui?

Se já, parabéns!

Se não, ainda há tempo, claro, não demore muito porque o tempo poderá passar e você não se deu conta do seu papel.

Abra-se para vida, de tal maneira que se fundam e não seja possivel saber quem é você e quem é ela.

Permita-se explorar suas capacidades, á descobrir-se tal como é, sobrepondo suas dificuldades e medos, pois se assim não for e se permitir ao ostrocismo de uma vida amargurada e sem beleza, jamais conhecerá os caminhos da felicidade e a felicidade somente poderá ser alcançada por você e nenhuma pessoa, por mais que o(a) ame á poderá alcançar para lhe oferecer.

Permita-se a conhecer á si mesmo, sem medo de deparar-se com seus defeitos, encare-os afim de mostrar que você os pode controlar e não eles á você.

Seres humanos perfeitos não existirão, por mais que o homem crie máquinas e que a tecnologia avance, sempre gerarão seus filhos pacíveis de erros e perturbações, pelo fato de que a perfeição só existe num plano espiritual elevado, onde Deus nos recolhe em seu rebanho.

Então faça o seguinte, deixe que a eternidade e a perfeição venham á seu tempo, busque alçar voo

e conquistar o equilíbrio entre os dois mundos, você não poderá estar entre eles ao mesmo tempo, por isso aproveite cada segundo aqui para lhe somar pontos na eternidade, que chegará á seu tempo.



Raquel Luiza da Silva.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Faxina.


Então revolvi a poeira do passado que me cobria da alma a visão,

Alguns chamaram de crise existencial,

Resolvi ir mais além,

Revolvi também a poeira espessa sentimental,

De algum modo lá estava ela, encobrindo os pontos mais importantes do meu sentir,

Começava a faxina,

Coisas sem lógica, sem sentido, sem valor...Eram retiradas,

Eram as pequenas lembranças dolorosas,

Pessoas em forma de atos,

Atos em forma de contratempo,

Impregnavam áreas importantes do meu desenvolvimento humano,

Nenhuma outra pessoa seria cpaz de "arrumar a casa" a não ser eu,

Superficialmente estava tudo em ordem, após algumas espanadas,

Mas a poeira continuava, escondida em várias formas,

Então métodos eficazes tive que usar,

Comecei por mim,

Meus modos e ações,

Atraindo a beleza do que eu podia espelhar em meu caminho,

Aprendi que eu não era só um pedaço de carne,

Ou uma carne em pedaços,

Tive que me por de pé e deizer ao meu destino.

"Você não pode seguir e me deixar aqui!"

E então passei a seguir meu destino,

Deixando aos poucos a poeira dissipar-se de tal forma que eu pude ver á mim,

Tão humana quanto qualquer outra coisa,

Abrigando em minha morada espiritual todas as formas de ver o divino,

E foi ai que descobri que sempre é possível refazer o que destruiram, ou o que destruimos,

Bastando apenas disposição para uma boa e profunda faxina na alma,

Dissipando a poeira e deixando abertos todos os meios de visão,

Os olhos da face se turvam,

Quando já sangra os do coração,

Mas a faxina só será completa, quando eu e todo ser dotado de racionalidade entender,

Que a faxina deve começar da gente,

De dentro para fora,

Com a intensidade a qual queremos que nossa vida mude.



Raquel Luiza da Silva







segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Memórias póstumas de um mancebo.


Meu nome é José dos Anjos Silva, tão simples quanto os desejos pouco vultuosos de minha finada mãe, Francisca dos Anjos, ao se casar com meu igual finado pai Antônio Silva, leiteiro de profissão, ofício que também segui por falta de opção até os doze anos, quando eles se foram e me deixaram aos cuidados de minha madrinha e bem feitora dona Zefa, meus pais foram espertos ao darem para "amadrinhamento" tão abastada fazendeira, viúva desde que eu me entendia por gente, bom...Mas creio que o intuito de meus pais era mesmo que em sua ausência eu tivesse alguém para zelar por mim, sendo um bom investimento, já que não me deixaram nada além de duas vaquinhas magras, um cão doente, a casinha caindo aos pedaços e várias dívidas, já que a magra economia da qual dispunham foi gasta na pneumonia temporona que os acometera, meu pai num ano e minha mãe no outro.

Fui morar com a madrinha, viver em sua bela fazenda, sempre dizendo que eu seria um doutor, para cuidar dela, bem pensado, estava a dar a mão já pensando no retorno do pão, porém eu tinha pavor á sangue, sempre que via aquele líquido vermelho me dava vertigens e não existe doutor médico que tenha tal frescura, pois bem, ela entendeu meu lado e me deixou escolher, estudei bastante até me tornar professor, com uma boa vida, comendo do bom e do melhor e me divertindo com as serviçais á noite...

Esqueci de mencionar que a madrinha nutria por mim um zelo exagerado, só ia para a cama após eu chegar do colégio e quando pasei á trabalhar fez questão de conseguir-me uma vaga no periódo diurno, alegando que seria bom para meu rendimento, acho que ela me tinha como o filho que não teve, já que o marido faleceu jovem de pneumonia temporona antes de deixar prole.

A madrinha em seus cinquenta e nove anos era tão vaidosa quanto qualquer uma mocinha na flor da idade, dizia que uma mulher elegante podia ter o homem que quizesse, nunca entendi porque ainda estava só, não era lá muito bonita, mas, era gente. Adorava ir ás quermeces na cidade, sempre de braço dado comigo, me exibindo como um reluzente trofeu, e eu? Bom...Eu tinha vontade de ir atrás das belas mulatinhas que faceiras me piscavam disfarçadamente e que me chamavm de "fessorzinho", mas sempre que meus olhos pousavam em alguma dessas moças, sentia uma profunda dor, efeito das unhas de minha madrinha me cravando na pele do braço e me deparava com seu doce sorriso como a dizer" se olhar de novo te lasco outro beliscão".

E assim foi até os vinte e cinco, sem namoros sérios, já cansado de ser o queridinho da dona Zefa, então resolvi dar um basta, já havia alcançado minha independência financeira, podia alugar um quarto de pensão e lá me instalar, fiquei no jardim á esperar pela volta da madrinha que sempre ia á passeio pelos campos á ver seu gado, ela não tardou, me veio sorridente segurando uma pequena caixa bem embrulhada em papel morrom, um presente, imaginei logo, mas também tentava descobrir o que seria, já que seus mimos se faziam através de belas camisas e calças de bom corte.

_Abra!

Estava ela ansiosa a olhar-me.

_Lindo._Eu disse.

_Só?

Notei que a havia decepcionado ao não dar muita atenção para o reluzente relógio de ouro, para não piorar mais resolvi que so lhe falaria após o jantar, assim, passei todo o dia ensaiando palavras de agradecimento e um belo discurso já havia programado quando me sentei á mesa, deixei que ela me falasse de seu passeio pelos campos, quando á interrompi com um ar exagerado de doçura, do tipo que criança usa para pedir coisas impossiveis á mãe, ela de imedito notara.

_Madrinha, já estou á envelhecer, preciso pensar em constituir família, ter minha prole...

_Não lhe basta a boa vida que lhe dou?!

Voziferou me fazendo sentir estranhamente como um acompanhante de luxo daquela velha senhora, se bem que nunca á toquei com segundas intenções.

_Fico grato, mas..._Tentei continuar.

_Nada de mas._Passou a engolir vorazmente a comida dando ordens para que a empregada não deixasse faltar vinho em minha taça,o que já ia me deixando sem noção...

Na manhã seguinte acordei nu, sentia a cabeça girar e a doer, o que me fez lembrar do vinho, estava eu á sentir meu primeiro porre, virei-me na tentativa de me livrar dos raios de sol que entravam pelas cortinas entreabertas, e qual não foi meu desespero ao me deparar com a madrinha, meu Deus! Ela também estava completamente nua!

Estava desnorteado, tentei acordá-la para entender o que havia ocorrido, porém ela não se movia, chamei desesperadamente pelos empregados e constataram o pior, a madrinha estava morta, sentei-me desolado na cama, me sentindo o pior dos homens do mundo, será que...? Era melhor não pensar que era tão ruim de cama á ponto de matar uma mulher.

O boato já corria quando o médico enfim saiu do quarto, olhei-o aos prantos e ele me disse que ela estava com pneumonia á alguns dias e não havia tomado cuidado, mas ainda me pesava o fato de ter feito coisas com minha madrinha, porém logo foi esclarecido, sei lá porque raios meus pais me ensinaram a tratá-la assim, já que minha verdadeira madrinha morava numas paragens que eu nunca havia ouvido falar, quem acabara me contando foi o padre, não preciso dizer do alívio que tive, então sai dalí, carregando minha malinha com minhas roupas, únicos pertences que me foram permitidos levar, já que a madrinha havia mudado seu testamento antes de partir, deixara tudo para a caridade, não me importei, ela me alforriara partindo, só tinha eu que curtir a vida e curti, por duas ou três semanas, naquele fim de mundo onde nasci José dos Anjos Silva e onde morri de pneumonia temporona.


Raquel Luiza da Silva.

domingo, 11 de outubro de 2009

Nas palmas de minhas mãos...


Com um compasso imaginário,

Algo meio como fotografia,

Sem visível caligrafia,

Desenha-se em formas,

Tão fora de normas,

Aos meus olhos é escuro,

Nas palmas de minhas mãos o futuro,

Num andar de bamba, meio de samba,

Nessas linhas que se desenrrolam,

Sem quê nem prá quê,

Num tom multicor, do que tiver de ser será,

Resposta?Não sei se há,

Agarro o hoje de forma á deixá-lo partir ao amanhecer,

Para que se torne passado e eu veja o presente sob os clarões do sol ao nascer ,

Abrigando numa única, tantas vidas, tantas memórias,

E assim vou seguindo...

Me equilibrando feito o equilibrista bêbado,

Com um coração malandro no peito,

Batendo no compasso da canção,

Me equilibrando nessas linhas futuristas,

Que se desenrolam no recôncavo de minhas mãos.


Raquel Luiza da Silva

sábado, 10 de outubro de 2009

Imitando um certo... Chaplin.


Bom...Não era eu lá um poeta e pensador digno de honras e glórias, mas de minha máquina de escrever retirava palavras que faziam as moças suspirarem e ás vezes serviam de valia á algum moço apaixonado que queria impressionar sua garota.

Tinha eu um certo traquejo para aquele ofício, porém nada me rendia, a não ser um muito obrigado ou um beijo estralado no rosto que não me pagava as contas no final do mês.Por conta disso arranjei uma bengala e um chapéu, se Chaplin conseguiu, porque eu não haveria?

Pois bem, usando a imagem do grande pensador e o meu dom, conquistei alguns vários corações e fui invejado por alguns mancebos, mas...Nada que pagasse minhas contas no final do mês.

Como Chaplin conseguiu?



Raquel Luiza da Silva.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

À um homem de luz.


Ao erguer a mão afastava a dor,

De seu sorriso tímido emanava amor,

Seus conselhos nos ensinava á viver,

O que torna impossivel alguém assim esquecer,

É a lembrança que ficará,

Viva na pele da alma,

Nas palavras que ensinavam que só Deus salva,

Na calma do andar,

Na paciência ao falar,

È meu caro "vô"...

A eternidade será nosso encontro,

Num ponto não muito distante,

Num pedacinho chamado céu,

Que imaginamos ter a beleza do paraíso e a doçura do mel,

E então sei que verei novamente aquele sorriso,

Sorriso de pai amigo,

Foram tantas palavras que ficaram por dizer,

Atos por realizar,

É a saudade de forma sutil á vida selar,

E fica um vazio,

Porém sua presença ainda persiste,

Com uma forte luz que á tudo resiste,

O caminho é o mesmo,

Os passos em sequencia firme, de quem ainda espera,

Espera a sequencia de sois nessa vida,

Vida...De chegadas e partidas.


In memorian querido vô Geraldo Biana



Raquel Luiza da Silva.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Corta!


Corta!Corta!Corta!

Seria muito bom se pudéssemos fazer isso em certos momentos em nossa vida, porém já imaginou como seria a vida com cortes?

Creio eu que a beleza e o gostinho bom da nossa existência nessa terra está na conquista de cada dia, no saber lidar com as situações mais complexas e no final respirar aliviado e "saborear" cada pedacinho de nossa vitória.

Não é masoquismo acreditar que após uma má fase se tornará melhor á frente, como pessoa e estrategista, e também é um ótimo apurador de capacidades, onde se descobre até onde cada um pode chegar, tem gente que desiste, tem gente que persiste, cada caso é um caso, quem é que nunca pensou em gritar:_Corta!Corta!Corta!_ Em algum momento da vida quando as coisas não vão bem?

Nada nesse mundo é perfeito, nada é e nem será sempre acertos, cortar o que não vai bem é a maneira mais clara de mostrar-se impotente diante de algum problema e creio eu que todos nós em algum momento de nossa vida já nos sentimos assim.

Temos que entender uma coisa,encarar a vida como um grande palco, onde existe uma platéia apreensiva diante de nossos atos, críticos de todas as formas, contra regras...E grandes cortinas que se abrem e onde encenamos nossas peças, tão reais quanto qualquer outra coisa, então, só temos que encarar cada trechinho, explorar nosso talento e dar o melhor de nós, porque não se é possivel gritar:Corta!Corta!Corta! E simplesmente encerrar o que não está bem, criar "anticorpos" contra maus momentos é um grande desafio, mas nada impossível, porque nós, somente nós, podemos dar impulso á nossa apresentação, por isso não espere que as cortinas se fechem para concluir o valor de sua força e para perceber que a adversidade não é nada mais que um severo diretor que te fará dar o melhor de si e se der vontade de gritar:Corta!Corta!Corta! Erga a cabeça, respire fundo e diga: Eu posso seguir, alcançar meus objetivos, sou mais que vencedor(a) acredito em Deus e em minha capacidade.

A vida sem cortes é a perfeição a ser alcançada.


Raquel Luiza da Silva.






quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ninguém vence o tempo.


O tabuleiro de xadrez sobre a mesa,uma nova mancha de café na camisa, era assim que o tempo passava para o Zé, sempre sentado embaixo da árvore da praça, quando tinha um parceiro se sentia o máximo derrotando-o, quando não, ficava horas e horas movendo as peças tentando vencer á si mesmo, e assim o tempo passava...

E de tanto jogar sozinho o Zé descobriu uma coisa...Havia envelhecido sem conseguir vencer á si mesmoe nem ao tempo, depois disso parou de jogar sentindo-se derrotado por completo.


Raquel Luiza da Silva.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Destino.


Centelhas de um fulgor inebriante,

Abre-se o dia tal como antes,

Porém trás consigo um brilho,

Suave resquício,

De um sol que outrora calou-se diante da aurora,

E por acaso decobre-se que o humano também é divino,

Que a vida corre tal como o badalar de um sino,

Quando o metal se cala, apenas o vento se torna hino,

E então se abre os braços como o Cristo á abençoar o Rio,

Deixa-se levar pela ilusão de que tudo é eterno,

E que a eternidade corre á passos lentos,

Como indefesa folha seca ao vento,

E se descobre que a vida é isso,

O que sei e o que nunca saberei,

Num segredo de palavras léxicas,

Desconhecidas, sem nexo,

E suspira-se sentindo saudade,

De um tempo que não mais voltará,

Porque se esconde em algum lugar,

Carregando a vida consigo,

Sob o pseudônimo de Destino.


Raquel Luiza da Silva.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O significado das pedras.


Pedras no imaginário são coisas não tão boas que pessoas nem tão boas lançam ao longo do nosso caminho, nem sempre se é possivel fazer outra rota, então temos que seguir...
Seguir com algum impecilho não é nada fácil, então descobrimos uma coisa, as pedras que nos são lançadas possuem a proporção e utilidade que damos a elas, ou seja podem ser motivo para paramos ou podem se tornar parte do nosso alicersse.
Mas como coisas improdutivas irão se tornar parte de algo tão importante que é o alicersse de nossoa planos e projetos?
Simples, nunca se atiram pedras em frutos ruins, se estão a atirar-nos é pelo fato que temos muito á oferecer, se essa essa edra vier e forma de uma crítica que não seja nada construtiva, devemos superá-las, e aprendermos á usar tais pedras em nossa sólida construção.
Se por acaso for uma ofensa direta e nos der vontade de devolver a pedra, aprendamos que talvez quem á lançou seja incapaz de usá-la para outros fins a não ser derrubar frutos bons, então é hora de perdoar.
Não é muito fácil ser bom com quem não nos é igual, porém se nos igualarmos aos nossos desafetos altomaticamente fazemos com que a pedra á nossa frente se torne um grande impecilho em nossa caminhada, motivo pelo qual muitas pessoas vivem á dar voltas em torno dos problemas e jamais os conseguem resolver, pelo simples fato de se prenderem ás pedras de modo a se retrairem e correm o risco de nunca mais crescerem, porque aprenderam o vicioso ciclo de evolver pedras.
Devemos aprender uma coisa, pedras não têm movimento, só rolam se a fizermos rolar, só incomodam se não ás soubermos utilizar, porém, se transformadas podem ser utilizadas na construção de nossos "castelos", tudo é possível para aquele que com imaginação e sabedoria dribla os obstáculos, porque sabe que sempre á frente se erguerão outros tantos e deverá saber lidar com eles á sua maneira.
Nem tudo é como sonhamos, nem tudo é como queremos, nem tudo tem a proporção do que planejamos, nem tudo tem a intensidade de nossos sentimentos, mas não há nada que não possa ser trabalhado e convergido para o plano de nossas realizações.
O tempo é senhor das coisas, mas nós somos donos dos nossos atos, necessário nos é aprender á nos conhecermos melhor, para apanharmos as pedras em nossos caminhos e ao invés de as devolvermos a quem as lançou tranforma-las em pontos importantes em nosso alicersse, como fonte de força e crescimento.
O caminho só continuará impedido para aqueles que não sabem usar a inteligência, controlar seus impulsos e sobre tudo romper com a ignorancia.



Raquel Luiza da Silva

domingo, 4 de outubro de 2009

Negativo e Positivo.


Ele olhou para ela e viu a mulher de sua vida,
Ela olhou para ele e viu apenas mais um idiota querendo sexo,
Ele ofereceu uma flor,
Ela espirrou, era alérgica,
Ele ofereceu á ela um lenço,
Ela recusou abrindo a bolsa e retirando o seu,
Ele sorriu,
Ela fez gesto para que retirasse algo intruso acoplado ao seu dente, uma casca de feijão talvez,
Ele obedeceu, e sorriu novamente,
Ela ofereceu á ele o cartão de seu dentista para que pudesse alinhar os dentes,
Ele se entristeceu,
Ela nem ligou,
Ele fingiu soluçar,
Ela nem ligou,
Ele gritou dizendo que estava cansado de insistir,
Ela voltou e se jogou nos braços dele.
Viveram felizes para sempre...
Nunca se esquecendo que o sempre tem a duração do momento presente,
O depois, só depois saberão como o designarão,
Porque ele descobriu que era diferente dela,
E ela descobriu que podia conviver com as diferenças dele,
Ele descobriu que nem toda mulher é igual,
Ela aprendeu que todo homem é diferente,
De alguma forma ele completava ela,
De alguma forma ela completava ele,
Assim descobriram que os opostos se atraem,
E os iguais se repelem,
Pelo simples fato de não se abrirem para se completarem.

Raquel Luiza da Silva.

Quem me dera eu.


Quem me dera eu ser poetisa,
Fazer do mundo, meu mundo de rimas,
Transformar palavras em amores,
Fazendo sangrar no papel minhas reais dores,
Quem me dera eu ver além de minha imaginação,
Fechar os olhos da face e abrir os do coração,
Adormecer meu consciente,
Para o meu inconsciente acordar,
Sob o doce som da brisa,
Ou sob o furor da mar,
Quem me dera por alguns minutos desprender-me do meu corpo carnal,
Vislumbrar com doçura o que só vê o espiritual,
Deitar-me sob o sol fulgurante,
Desprender-me do real como o adeus de amantes.
Sentenciar minha vida á imortalidade de rimas,
Vivendo tantos amores e criando tantas vidas,
Quem me dera poder deter entre as mãos a luz que os olhos não enxergam,
A beleza hipérbole da extensão da humanidade vazia,
Num plano superior á extensão de outras tantas primícias,
Abrindo um vácuo astral na desordem de idéias,
Deixando á mostra a discrepância de coisas sérias,
Por tudo isso quem me dera ser poetisa,
Fechar aqui uma página,
Abrindo-a resplandecente em outra vida,
No rabiscar de palavras,
Viajar sem sair de uma sala,
Em poucas linhas,
Com profundas rimas,
Fazendo a junção de tantos mundos,
Embutindo em quem lê sentimentos profundos.

Raquel Luiza da Silva.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Do Recomeçar...


Um belo dia você acorda e percebe que passou boa parte de sua vida andando em círculos, o que fazer?

De início se pensa que nada é possivel, porque o tempo não volta atrás e também se voltasse você erraria de novo, porque não poderia prever o futuro e não saberia nunca que se sentiria mal por algo não ter dado certo, então agora é hora de aceitar que errou, porque tudo desaba sobre sua cabeça, então muita calma nessa hora, porque é tempo de recomeçar.

"Recomeçar" palavra assombrosa, porque sempre virá á mente, começar tudo de novo, mas recomeçar é isso, dar uma chance de começar para que dê certo algo que de alguma forma lhe caiu sobre a cabeça de maneira dura e incômoda, parece ser algo difícil e cansativo, tenha certeza, não é o contrário.

Quem é que nunca se deparou na net com certos cursos que prometem sucesso imediato? Ou vendedores de porta com tais produtos milagrosos?

E é interessante que sempre deparamos com algo assim justamento quando estamos prestes á desistir de nossos planos e queremos então forçar um recomeço rápido e certeiro, porém as frustrações poderão ser maiores, poderá ou não dar certo, um tiro no escuro sempre será um tiro no escuro. Então se perguntará caso não consiga: Poxa deu certo p/ tanta gente! Porque não deu comigo?!

Muito fácil, cada caso é um caso, esses cursos milagrosos funcionaram com aquelas pessoas porque se empenharam em um propósito, acima do curso estava a força impulsora de mudar o que não estava dando certo e recomeçaram.Talvez você esteja disposto que o curso num piscar de olhos organize sua vida, você é o único responsável pela reconstrução de sua carreira afetiva e profissional, arregace as mangas e trabalhe!

Exitem várias formas de recomeçar, e não é igual para todos, tem gente que pode recomeçar começando á partir de uma simples faxina no quarto, tem outros que requerem um bom diálogo com o parceiro, sócio, chefe...Já outros casos a solução é mandar o parceiro, sócio e principalmente o chefe p/ #¨%!@##¨**%+, Bom...porém calma ainda é o mais recomendado para um recomeço tranquilo e armonizado.

Para quem tenta recomeçar o maior problema é a euforia inicial, a vontade de transformar tudo, fazer acontecer em um dia o que deixamos de fazer em...25 anos por exemplo, toda gás empregado nesse início poderá faltar no meio da reconstrução e operário cansado atrasa obra e lá se passarão talvez mais 25 anos até que se faça a coisa certa, então, muita calma nessa hora!

Basta sentar, revisar, organizar idéias e traçar metas, para não ficar andando em círculos sem chegar á lugar algum, não importa qual a meta, qual o tipo de reconstrução, o início vale p/ todas.

Todo início é chato e moroso, muita gente desiste quando começa, ao ter que planejar e prefere ficar na fossa que se encontra e lá passará afundando a vida toda vendo o tempo correr p/ os outros e não para si, no sentido de crescimento e conhecimento.

É importante que se tenha um apoio, caso isso não aconteça, e para alguns não irá acontecer mesmo, mas tudo bem, tudo depende unicamente de você, só de você, então, trate de arregaçar as mangas, traçar metas como um engenheiro e botar a mão na massa como um construtor, não polpe idéias e nem tempo, serão paredes sólidas para o alicerce que já deverá estar pronto, e o que seria esse alicerce?

Tudo o que é concreto em sua vida, os valores dos quais se polpou de usar até onde chegou, fé, responsabilidade, diálogo e vários outros, coisas que muitas vezes você simplesmente ignorou, então é hora de misturá-los á massa novamente e comece a reconstrução!

Caso se canse pare, respire fundo e lembre-se, a derrota existe para quem se permite a tal, nada cai do céu, á não ser chuva, o tempo não espera p/ que você tenha tempo de catar cacos, é hora de erguer a cabeça! É hora de fazer as coisas acontecerem em sua vida!

Recomeçar é a maneira mais certa de não passar a vida andando em círculos e acreditando que você é o ser mais azarado do universo.

Recomeçar é dar uma chance á você mesmo(a), abrindo as portas de seu proprio destino e fazendo dar certo o que todos penssavam estar acabado.

Você é responsável pela sua vida, se não deu certo não adianta culpar pessoas ou fatores, caso contrário compre um curso milagroso e espere que ele simplesmente dê certo, talvez você tenha sorte e dê mesmo, mas até lá você poderá não esta vivo(a) para ver tal acontecimento.

Pense nisso recomeçar é o início p/ se alcançar grandes vitórias que talvez nunca teriam sido conquistadas no que julgava ter sido um início maravilhoso.

Boa sorte!


Raquel Luiza da Silva.


Bom...espero ter ajudado á vc que leu esse post, pois estou á recomeçar minha vida, já dei um grande passo, espero um dia relembrar essas palavras voltando aqui e dizendo que eu consegui, e mostrar de fato que assimilei minhas palavras e é certo que antes que você acredite nelas eu ja tenha acreditado.



Raquel Luiza da Silva.





quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vou ser Hippie


Vou ser hippie,
Vou botar nas costas minha mochila de sonhos,
Vou vestir meu jeans surrado e minha camiseta branca,
Meu all star desbotado me espera em alguma estrada que ainda não pisei,
No peito os amores que não amei,
Vou ser hippie,
Amar o espaço com a imensidão de um sentimento eterno,
Sentir o vento nos cabelos,
O sabor da liberdade, a mesma que nos priva as cidades,
Vou ser amante do amor,
Roubar beijos seja onde for,
Abrir os braços ao pôr do sol como o Cristo Redentor,
Vou ser hippie,
Ser amante do natural,
Enxergar o mundo sob uma lente de cristal,
Achar graça na beleza entusiástica da vida,
Nunca ver um adeus como uma real despedida,
Vou ser hippie,
Selar a paz com um abraço de boas vindas,
Sentar na soleira da porta do mundo á espera do tempo,
Sentir a poeira da saudade que vem com o vento,
Abrir os olhos para ser real,
E fechá-los acreditando que tudo é normal,
Vou ser hippie,
Dentro da exatidão de quatro linhas,
Que cercam a realidade do meu espaço,
Tentando aliviar o cansaço,
De ser tão natural num mundo irreal,
Vou ser hippie,
Na exatidão do momento de sonhos,
Na brandura dos momentos que ainda posso gozar,
Bebendo com alguns amigos numa mesa de bar,
Vou ser hippie,
Como tantos retraídos que ainda o são,
Em seus ternos e terninhos caros,
Aspirando afrouxar o nó da gravata ou descer dos saltos,
Vou ser hippie,
Vou ser hippie,
Vou ser hippie,
Até que o "Todo Poderoso" resolva mudar meu script,
Aí serei anjo,
Por ai sem assombro,
Sonhando que esse mundo ainda tem jeito,
Serei anjo,
Tranzendo comigo um coração hippie a pulsar no peito.



Raquel Luiza da Silva