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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eternidade.


A voz se cala diante da morte,
As palavras sobrevivem em face da sorte,
Morrem os dias,
Morrem as noites,
Morre a chama da vela,
Mas nunca morrerá um poeta,
Os anos serão um pertence em meio ao seu amadurecimento,
A enfermidade uma prova de que ainda é humano e não seguirá eternamente,
O corpo voltará ao pó,mas as palavras seguirão por si só,
E esse tempo que a tudo consome, não conseguirá apagar histórias, o nome,
E no silêncio da cova fria adormecerá um corpo,
E no silêncio de páginas veladas, se eternizarão almas.

Raquel Luiza da Silva.

Adormece José Saramago ( 18/6/2010)

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