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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Não entender o próprio destino.



Nasci fadado a um destino,
Ouvia isso desde menino,
Tinha medo das coisas,
Será que teria uma bela moça?
E então passei a ver,
Tinha uns amigos que se casaram com umas feias de morrer,
E então comecei a temer o tal destino,
Podia me dar de presente coisas que abomino,
Sei lá, era mesmo coisas a pensar,
Recebi heranças dos pais que se foram em minha infância,
Fiquei em casa, não queria me dar asas,
Comprei um carro, mas pensei,
E se ele bater?
De certo que vou morrer,
Então ficou na garagem, de onde não saiu nem para passagem,
E foram tantas coisas que amontoei por medo do tal destino,
E quanto as namoradas só me apareceram doidas interessadas,
Daí então fiquei aqui, nessa casinha cuidada por mim,
E parece que de onde o destino passa distante,
Porque continuo bem, longe de tudo, sem ver ninguém,
Apenas não entendi o que ouvi numa conversa sem nexo,
Sussurraram que sou um pobre e ranzinza velho.

Raquel Luiza da Silva

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