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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Nem sempre...


Dói-me a ausência de sentimentos,
Tento desenrolar nas dobras da vida, as dores do tempo,
Nem sempre o poeta é só poesia,
Tem-se que cobrir a alma com a poeira do esquecimento e da nostalgia.
Buscar nas feridas do passado o bálsamo ou antídoto para o que ainda não veio,
Abrindo as portas de sua vida como se fosse um enorme celeiro,
Deitando sua alma na morbidez de seus sonhos,
Descansa seus passos em algum caminho,
Aliviando seu vil cansaço,
Não conseguirá nesse momento distinguir o real do ilusório,
Nesse momento em que ele se descobre como poesia,
Mesmo sabendo que nem sempre a vida será só de rimas,
Vai se curvando sobre a folha em branco,
Desenhando vidas e amores de tantos,
Não se lembrará de seu caminho, quanto menos de onde partiu,
Apenas viajará, assim como corre o rio.
Se abrindo em versos os quais precisa sentir,
Modelando em poesia, fazendo a vida seguir,
Sob a suave mão do tempo que a tudo faz ruir.



Raquel Luiza da Silva.

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