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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cminhante solitário.


Quando meus pés tocaram os caminhos do meu destino, eram apenas um par de pés
na poeira solta da estrada, sem caminho, sem rumo certo...
Era poeira nas roupas, era a bagagem nas costas, eram os sonhos e as ilusões de um caminhante se fundindo com a distância da caminhada, era eu e a estrada.
O tempo me fez assim buscar a liberdade, sonhar com a liberdade, passar por ela em forma de gente, de animal solto, como eu, bicho solto a vagar por todas e tantas estradas.

Foram histórias que se perderam, de amores que se romperam, de paixões que não vivi, de sonhos que esqueci, perdidos pelos caminhos, deixados nas encruzilhadas
Eram sombras, sois vermelhos, sorrisos e lágrimas, gente que nascia, gente que morria gente que se encontrava, gente...Que se perdia pelas estradas.
A beleza se fazia viva, outrora se despedia e eu seguia, caminhante solitário, em busca de algo que me compensasse tal vida.

Se me doía o peito e me assombrava o peso da solidão, eu me erguia e continuava aquela caminhada sem razão.
A vontade era de chegar á algum lugar, ancorar talvez, cessar a busca pelo desconhecido, mas ali estava ela, linda e bela me convidando á continuar.
E eu não parei, me tornei viajante, sem medo do caminho, lutando com moinhos de vento, não cessei de caminhar.

Estradas se tornaram caminhos, eu segui sozinho, resolvi não mais voltar, pois me esqueci de tantos sonhos que me fizeram viajar.
Talvez ainda me reste um pouco mais de tempo para descobrir que o tempo foi o carrasco do meu caminhar.
Se me faltam forças e o cansaço me consome só me resta esperar que eu encontre no fim da estrada a felicidade que saí á procurar...
E será nas tantas estradas que denomino de vida que espero repousar, sacudindo a poeira do corpo e cessando meu caminhar.


Raquel Luiza da silva

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