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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Marinheiro solitário


O sussurro do vento á bater nas velas do navio que sangra o mar gélido da ilusão, impetuoso, bravio, não tenho rumo, faço o meu caminho, busco novos portos , a procura de novos mares, lugares que me satisfaçam a alma e me acalente o espírito.
A névoa que me abraça á noite toma a forma da mulher que almejo, me ama sem pudor e me beija com seus lábios carmesins e se vai embora com o sol da manhã, como uma meretriz que apenas cumpre o seu papel de amante.
Não ancoro em nenhum coração, porque sou feito de amores, em cada porto, em cada vilarejo, em cada mar... amo e me deixo-me amar, mas não permaneço, porque meu barco não tem âncora e parto assim que o sol raiar.
Fito o horizonte ao final do dia, a espera de que me encontre em um ou qualquer lugar, seja aqui ou bem longe, nas sombras ou na luz do meu olhar que busca outros mares á singrar.
Iço as velas e sigo, meu caminho é longo, meu tempo tardio, as ondas que se foram não serão mais lembradas, as sereias que beijei da mente apagadas, cada grito de prazer se perderá com o sussurro do vento, enquanto eu... singro o mar a procura de mim, neste horizonte sem fim de sonhos e desejos.


Raquel Luiza da Silva

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