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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tão complicado...




Não quero brincar de amor e guardar todas aquelas velhas cartas,
Espalhar fotos por toda casa,
Ouvir o som enfadonho daquela canção que já foi nossa,
Esperar que volte após bater a porta,
Não quero a saudade bandida,
Ou o triste adeus da partida,
Velar um sono tardio,
Ou rolar pela cama feito fera no cio,
Não quero esconder o rosto para chorar,
Se tiver que ir, vá!
Se me prender é perder o tempo,
Quero a liberdade que vem com o vento,
Não quero essa ilusão mesquinha,
Que assalta-me pela noite e vai-se á luz do dia,
Levando aquele bocadinho humano,
Que só me aparece em sonhos,
Não quero asas atadas,
Que espera o regresso na calada,
Vazia de mim, perdendo a alma,
Não quero ter grades á minha volta,
Quero abertas todas as portas,
E se é vazio que anseio,
Voarei pelo meu desejo,
Só não quero brincar de amor e guardar todas aquelas cartas...
Repletas de sentimentos, ou meras palavras.

Raquel Luiza da Silva.

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