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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aquele meu tempo antigo.




Sou de um tempo meio antigo,
De uma visão sem demora,
Onde filho respeitava pai,
E pai respeitava filho,
Onde a benção pela manhã era essencial para começar a vida lá fora,
Vida a mercê de tantos males,
Que nada era mais seguro que a benção dos pais.
Sou desse tempo meio antigo,
Perdido para tantos,
Para outros apenas sem sentido,
Mas era um tempo em que o respeito era passaporte para a vida,
Onde o sorriso fazia algum sentido,
E onde o sentido era uma necessidade,
Onde sofrer fazia parte de um aprendizado constante,
E onde lutar era meta de horizontes,
Esse já é um tempo antigo,
Hoje os pais não dominam as mesmas técnicas de ensino,
São velhos perdidos na modernidade avassaladora,
Sem diálogo,
Sem força.
E esse tempo tão moderno, por vezes muitos comparam-no ao inferno...
Feito de almas vazias,
Feito de liberdade excessiva,
Feito de vícios,
Feito de caprichos...
Eu sou de um tempo antigo,
E é esse o orgulho que trago comigo,
Sem invejar tudo que se tem hoje,
Amontoados de valores perdidos.
E esse tempo que se foi, parece que não mais voltará...
Perdido em tantos que se vão,
Guardados em qualquer lugar...
E se sou antiquada, não me causa constrangimento,
Orgulho-me de ser de um tempo antigo, perdido...
Onde filho respeitava pai,
E pai respeitava filho.

Raquel Luiza da Silva

2 comentários:

  1. Bom, queria eu dizer que o respeito muda de forma. Mas parece que ele resolveu mudar foi de lugar e se mandou do Universo.

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  2. É triste Eduardo, mas tenho que concordar contigo.

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