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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desejo.





Suave veneno que corre de teus lábios,
A embriagar-me,
Deixando-me indefesa, refém destes beijos,
E entrelaçada nesse corpo viril,
Sinto-me tal qual ave cativa,
Despindo-me da virginal face e entregando-me a lascívia,
E entre sussurros e juras,
Entre suspiros e gemidos,
O calor a rasgar-me as entranhas,
Dando-me uma personalidade de indomável animal,
Dando vida a outro ser,
Ser humano, ser real.
E ao sentir-te por completo,
Nesse desejo mútuo,
Fundindo-se a mim,
Não sei onde tu começas,
Nem onde é meu fim.
E nossos corpos a bailarem,
Sem necessitarem da razão dos dias comuns,
Perdemos a noção do tempo,
Perdemos o paraíso enfim,
Na eternidade de poucas horas,
Enquanto a vida corre do lado fora.
E ao chegar o final,
Não nos diremos palavra alguma,
Despedir-nos-emos como amigáveis criaturas,
Para não desconfiarem de minha vida, nem da tua,
Porque amanhã...
Ah...Amanhã...
Estaremos cá novamente, segredando a essas paredes,
Nossos desejos, essa insaciável sede.

Raquel Luiza da Silva.

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