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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sou de Minas!


Uai sô, sou de Minas,
Onde você é ocê,
Senhor, sim, é sinhô,
Onde o sol nasce na serra,
Beijando a terra fértil e bela.

Sou de Minas,
Onde tem leite de vaca tirado na hora,
Tem jambo doce na árvore lá fora.
E lá da cozinha a vó descobre meu desejo.
_Olha o pão de queijo!

Uai sô, sou dessa terra,
Mãe de almas, mãe de poetas,
Tem também seresteiros,
Boiadeiros, doutores, escultores e carreiros...

Minas bela, pariu tantos talentos,
Homens e mulheres nessa terra de alento.
Subiu o morro, desceu a serra.
_Lá vem a maria fumaça,ah que saudade...!
Na estação alguém espera.

Ouvi a melodia da seresta,
Alguém me falou do poema, da pedra,
Nunca vou me esquecer de Drummond, o poeta.
Chamei minha saudade para tanto lembrar,
Ergueu-se na mente o menino presidente,
De Diamantina, JK.

Eita que negra risonha,
É a Xica, também de Diamantina,
Requebrosa, toda sestrosa...
É o passado vestido de presente,
É a beleza das histórias da gente.

Temos lendas á correr na veia,
Devia parar e ouvir sobre o Santo Antônio de Gouveia.
E é assim que se vive de sonhos,
Nessa terra de tantos e tantas.
Nasce em outras "fontes" água que boi não bebe,
Lá nas terras do Príncipe,
Onde tem o melhor queijo,
Tem também tanta cultura, o povo do Serro.

Uai sô, sou de Minas,
Terra de paisagens lindas,
Do Velho Chico, que alimenta pobre e rico.
Da oração na noite se São João,
E quando se vai embora,
Da saudade, que no peito aflora.

Minas de Tiradentes,
Salve todos os inconfidentes!
Da beleza das igrejas,
De índios, caboclos, da mãe preta,
Terra que a todos abraça e de quem aqui fica ou passa.

Uai sô, sou de Minas,
Sou pura paixão por essa terra,
De belas cascatas, belas serras,
Do dito e do lembrado,
Do sonho e do legado.

Sou de Minas,
Menina faceira,
Terra altaneira,
Aquela que quem conhece não esquece jamais.
Uai sô, sou de Minas Gerais.


Raquel Luiza da Silva.

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