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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Memórias.


Não sei se ser gente grande é coisa boa,
Deixar para trás pequenos sonhos e pessoas,
Esquecer as cantigas de roda,
As brincadeiras de toda hora,
E então é hora de levar tudo á sério,
Ter medo de coisas além do escuro, porém sem mistérios.

O coração se torna pequenino no peito,
Ao descobrir que tudo e todos têm defeitos,
Outrora os olhos só viam a beleza, que aos poucos toma fim,
A saudade vai tomando formas reais, se apossando de mim.

Vai ficando na saudade, correr pelos campos...
As terras da bisa Raquel, que hoje apenas nos observa do céu.
Não me esquecendo da vó Luiza, de quem também herdei o nome, seguindo nessa vida.
Pouco me lembro do vô Manuel, era cheio de histórias e ainda ficará na memória.
Mas ainda posso saborear as delicias, feitas pelas mãos de fada da tia Dica,
Que me fazem lembrar da infância querida.

É bom parar e olhar para trás,
Lembrar que fui muito feliz, sendo medo de o ser,
De forma completa sem pontos nem finais,
Amando acreditar que o tempo é eterno para nós, simples mortais.

E assim cresci e cresço, acho que me tornando gente grande,
Abraçando as maravilhas da vida,
Não me esquecendo que fui criança um dia,
Levando no peito eternas esperanças,
Acreditando que serei feliz para sempre nesse viver,
Porque decidi que nunca mais ei de crescer.

Raquel Luiza da Silva.

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