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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Onde chegar...


Tantos pés pisam o chão,
A terra sobe numa nuvem vermelha,
São homens, mulheres, criança, animais...
São estradas a percorrer, é o vazio causado pela intolerância pela ignorância.

São cordões de gente sem fim à procura de refúgio,
Cordões de soldados com suas armas em punho,
Marchas pelas estradas, enquanto os grandes tanques sulcam a terra com seu ódio metálico e frio,
A mesma que em breve sepultará corpos que já não mais valem nada.

Sons de tiros, choros incontroláveis ,
É o dito pelo não dito, a vida que some, que se consome,
São as estradas que seguem sozinhas, estradas de mulheres, de homens...
São pés que não deixam pegadas, pessoas renegadas, da sorte azarada, são pés nas estradas.

É a chuva que cai fria, que lava o suor atrás das barricadas,
É o sol que arde que queima e que fere, mas não toca a alma,
É a fadiga reprimida no calor da batalha,
É a dor latente que dilacera que se prospera,
São corpos, restos, mortos esquecidos pelas estradas.

Estradas, caminhos destinos, vidas salvas...
É o dito pelo não dito, um novo dia,
De caminhos interrompidos de vidas acabadas,
Despedidas e lembranças é o que resta da caminhada.

Enquanto muitos seguem sem fé, sem nada,
Os noticiários reportam a paz acabada
Que resume a vida em pés nas estradas,
Vida e morte unidas num mesmo lugar,
São rostos... Corpos a espera do cessar de todas as guerras do mundo, para que a paz seja a única razão do seu caminhar.

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