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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A princesa solitária.


Vaidade cercada de sonhos,
A princesa esperava seu príncipe , da torre,
Imaginava-o em um cavalo branco,
Vestido ricamente,com pedrarias e tecidos finos,
Sois e luas se passaram e lá estava a princesa,
Olhava o vale com certa tristeza.
Todas as amigas já haviam se casado,
Umas com homens nem tão bonitos,
Nem tão ricos,
Nem tão...Príncipes.
Mas lá estava ela, tinha certeza que o seu amor apareceria,
Pois sua beleza era algo que merecia,
Bateram em sua porta padeiros, encanadores, sapateiros...
Alguns até bonitinhos, mas nenhum ela julgava ser seu príncipe,
E o tempo se passava, suas amigas tinham filhos,
Os filhos dos filhos tinham filhos,
E vinham lhe contar como era bela a vida,
Cheia de belezas e desafios.
E ela continuava a esperar, sempre a olhar da torre o vale,
Com esperança de o seu príncipe chegar.
Aconteceu que um belo dia,ela não mais resolveu esperar,
Embelezou-se e desceu até a cidade,
Ninguém a olhava de verdade,
Parou em um café e pediu um chocolate quente,
Ninguém a observava, era a princesa mais bonita de todas aquelas terras,
Pela lógica deveriam se encantar com ela,
A garçonete lhe aproximou sorrindo:
_Senhora, o que deseja nesse domingo?
Ela assustou-se pelo tratamento, senhora era coisa para gente idosa,
Pediu um chocolate quente, tinha as mãos trêmulas, não sabia porque.
Curvou-se um pouco sobre a xícara para se ver, levou a mão á boca horrorizada.
Dava para ver a pele frisada, enrugada, sem beleza, nem nada...
Pagou a conta e saiu sem olhar a monta,
Voltou para o castelo e se fechou,
De tanto esperar o tempo passou.
E seu príncipe talvez tinha batido em sua porta várias vezes,
Mas ela não o viu,
Queria um homem jamais sonhado,
Não um que estivesse ao seu lado,
Mas acabou descobrindo que não existem príncipes encantados,
Que o encanto se faz quando estão apaixonados,
E fechou-se para sempre em seus defeitos,
Acabando assim a solidão como sua companheira de desfecho.


Raquel Luiza da Silva.

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