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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

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Hoje me deu uma vontade muito grande de sentir saudade das pessoas que amo, aquelas pessoas que se foram para o outro plano, que adormeceram sem dizer que já estavam indo, que não perguntaram se podiam nos deixar, que de certa forma deixaram a dolorosa saudade, a revolta latente que só se controla após anos, á entender que Deus toma para sí aqueles que ama.

Olhei pela janela a noite que se dicipava com os primeiros raios de sol, e o aperto no peito aumentava ao pensar que teria que ir ao cemitério, fazer orações pelos meus queridos, cujos corpos voltaram ao pó, como designara Deus um dia, e então trabalhei "De bem com a vida" como exige meu trabalho de radialista amadora, se bem que não há motivos para não se estar, mas sempre fica o vazio da separação que mais é sentido nesse dia por ser tão lembrado.

Á tarde na companhia de minha mãe, minha avó e meu tio, fui ás orações, flores coloridas, pessoas emocionadas, a saudade expressa através de belas lembranças, acontecimentos que por mais simples que foram permaneceram, e as vozes embargadas saiam como canção em meio áquele belo jardim que se tornara o cemitério.

Após minhas orações, parei perto da capela de São Miguel Arcanjo, pedindo á ele que zelasse por todos que ali estavam,que adormeceram na doçura de um chamado que apenas eles ouviram e partiram...Partiram levando consigo uma parte de nós e deixando a imensidão do que foram em nossas vidas.

Olhei para o belo jardim colorido que havia se tornado o local, totalmente longe do que nos vem á mente de forma destruidora "Lá estão todos mortos", apenas se via a ressurreição, a beleza colorida e invisível de almas sedentas que retornaram ao seu lugar de origem, ao lado do Criador.

Amo vocês e isso será eterno.


Raquel Luiza da Silva.

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