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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A busca


Um dia o homem acordou para a vida,
Descobriu que as bombas que fabricava só lhe aumentava a ignorância,
Que as armas letais, só serviam para exaltar sua incapacidade de amar,
E chorou, chorou feito criança, porque seus atos lhe pesaram em forma de lembranças.

Um dia o homem olhou para trás,
Notou que não havia nada mais além de seu passado,
Transformara o verde, em terra seca que lhe esfarelava sob os pés, ali estava o fruto de sua ambição.
Curvou-se sobre o que era mar e notou que estava só, sem vida, sem lar...

Um dia o homem olhou para o céu, os pássaros de metal brilhavam sob o sol,
Era a luz da morte refletida pela sombra das guerras, cortando o espaço, sangrando a terra,
E então chorou, se lembrando de tantas crianças, de tantos pais...
Chorou por não poder voltar atrás.

Um dia o homem não mais pôde voltar para sua forma real,
Havia se transformado em animal,
Matara tanto que já não mais sabia o era paz,
Perdera-se, vendera-se, voltar ao seu normal não mais era capaz.

Suas mãos sangravam, estavam sujas de tanto ceifar vidas,
O coração em frangalhos, não trazia alegres recordações de sua vida,
E a alma, ele nem sabia mais se existia,
Procurava algo, rever, sentir a luz do dia.


Então naquele momento o homem descobriu que ainda era primata,
Porque a evolução constrói, reconstrói, não mata,
E passou a vagar, tentando se encontrar, como verdadeira criação,
Abandonou as armas, abandonou as bombas e seguiu em busca da verdadeira evolução,
Que transforma alma, mente e coração.
Raquel Luiza da Silva

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