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sábado, 12 de novembro de 2011

Talvez eu me encontre.



Cansei dessa luta,
Que a felicidade me encontre na próxima esquina,
Cansei dessa ilusão bandida que assalta-me constantemente,
Disseram-me que sou sonhador,
Que trago na bagagem amontoados de nada,
E sei que não estão errados,
Mas também nunca estiveram certos...
Atiram-me pedras, com seus pecados encrostados nos atos,
E eu acaso sou pecador?
Ora, não quero carregar essa cruz pela vida afora...
Tenho que levar comigo tantos planos,
Planos de acaso, planos de ninguém,
Cansei dessa ilusão bandida,
Assaltante de mim,
Roubando os espaços contidos nesse meu acaso,
Cansei...
Não volto mais,
Mas digam-me,
Para onde irei?
Para os braços do impossível?
Para debaixo das pontes imaginárias, dessa minha construção efêmera?...
E é tão pequeno esse espaço,
Revestido de coisinhas tão miúdas,
Tudo escondido aqui,
Aqui onde ninguém consegue perceber,
Mas digam-me, para onde vou?
Se emprestarem-me um pouco de imaginação...
Talvez eu consiga sem muito esforço construir morada,
Talvez a felicidade me encontre na próxima esquina,
Talvez eu me encontrei nessa tal felicidade...

Raquel Luiza da Silva.

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