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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meias verdades.


Eu não quero olhar esse mundo de costas,
Como se as costas do mundo estivessem voltadas prá mim,
Não quero entender essa linguagem de gente que diz que entende,
Que diz que é gente,
E não faz sua parte no que diz que entende,
Não quero trocar palavras com as poucas palavras que aprendi no dicionário,
Porque cegam minha visão humana, de ser, de revolucionária,
Não me venha com esse papo de meias verdades paliativas na busca para definir justiça,
Todo dia tem morto na calçada,
Todo dia tem direito humano, prá quem mata,
Não me venha com histórias que ficaram na gaveta,
Que dizem que temos um país para todos,
Mas sei que nem todos possuem esse país,
Então não venham trazer nos papeis obras,
Porque o tempo apaga o que não se ergue do lado de fora,
Eu não acredito em muitas coisas,
Coisas que se fazem presente na vida da gente,
Mas a gente é diferente daquela gente que diz que entende,
Que diz que é gente,
E não faz sua parte no que diz que entende,
Porque a gente luta,
Rala,
Se mata,
Prá ser gente de forma concreta,
Na vida desse país que degrada o nosso direito de ser humano...
De ser gente.

Raquel Luiza da Silva.

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