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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Haiti...



O olhar perdido no que restou, nada mais do que destruição, os corpos nas valas, a alma que se cala,
A mão estendida na tentativa de alcançar o pão, saciar a fome, fazer calar o coração...
São os olhos cheios de poeira, andares sem eira nem beira,
Soldados pelas ruas, corpos de vidas nuas...
Não bastasse a pobreza inerente, a natureza com sua força se fez presente...
Haiti, Haiti...
E o mundo também chorou, pelos mortos anônimos, pelo profundo incômodo...
A dor de ti, agora também é nossa, Haiti
E quem restou terá a marca na memória, da dor que compete á sua história,
De um povo há muito sofrido, que hoje chora a morte de seus filhos...
Haiti, Haiti...
A dor não se cala, em meio a podridão nas ruas, nas valas,
O grito de socorro não ouvido, a perda de entes queridos,
E o mundo se volta para ti, para dor, a dor do Haiti...
Num relance de sobriedade, gritando em nosso peito a piedade,
Por aqueles que sofrem pela dor de seu destino,
Sem ocultar a dor em si,
Oh Deus, voltai teus olhos,como voltamos nós ao teu povo, povo do Haiti.

Raquel luiza da Silva.

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