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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Só Freud explica.


Quando criança nunca soube o que queria ser,
Mas a gente cresce...
O tempo passa...
A gente amadurece...
Agora que sou adulta acabei por me decidir.
Descobri que a dúvida era grande porque a resposta sempre esteve alí.
Longe de toda insegurança,
Hoje sei que sempre quis ser criança



Tem coisas que só Freud explica. (rs)


Raquel Luiza da Silva.

domingo, 29 de agosto de 2010

...

Não se pode passar a vida toda a ter medo de situações ou dos problemas que elas trazem consigo.
Um dia você tem que parar encarar o medo e dizer: "Quem manda aqui sou eu".
Se isso não der certo toca a correr, você falhou, mas...
Se por acaso funcionar, você venceu mais um level no jogo da vida, parabéns!

R.L.S

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todos os amores...


De todos os amores que tive,
Apenas um se mostrou verdadeiro e forte, Indestrutível diante da vida ou da própria morte,
Quando o descobri, me senti cheia de sorte,
Algo que de tão perfeito mantêm sua fiel forma
Existe algo mais maravilhoso que o amor próprio?

Raquel Luiza da Silva.

domingo, 22 de agosto de 2010

Sem perder-me.


De todos os tesouros que guardo,
Nenhum é tão valioso quanto as lembranças do passado,
Pequenas coisas que não deixo escapar pelos vãos dos dedos,
E que são da memória eterno brinquedo,
Tantas pessoas que partiram num adeus doído,
Levando de mim um pouco consigo,
A visão materializada na mente, de coisas que acredito,
Do pouco que trouxe para o presente,
Envelhecer não me assusta,
Deixar tão longe a infância é que me custa,
Abrir mão de pequenos momentos,
Que fizeram parte desse tempo sedento,
E ainda não sei ser gente grande,
Jogar com a vida xadrez de peças vivas,
Equilibrando num tabuleiro de tortas linhas,
Tentando entender para que lado tenho que ir,
Se devo ficar ou partir,
Carregando para todos os lados meu valioso tesouro,
Que não abro mão nem a peso de ouro,
Porque é onde se esconde a identidade minha,
Mesmo jogando acompanhada ou sozinha,
Não perdendo partes de mim nesse tempo que a passos largos caminha.

RaquelLuiza da Silva.

...

Se o mundo acabasse hoje qual seria meu ultimo pedido?
Por favor, façam pouco barulho, não consigo dormir com algazarra.

RLS.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sem palavras.


Hoje não tenho palavras, volte amanhã por favor,
Se voltares amanhã e ainda não as tiver em meu domínio,
Procure um especialista que tenha um bom olho clínico,
E diga-lhe que perdi as palavras,
Claro que ao analisar-me será constatado que perdi também a alma,
Para o poeta palavras são o suspiro da vida, e quando as perde...
A alma decide por si, vagar sozinha.

Raquel Luiza da Silva.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sabor...


O amargo da vida é justamente o que não soubemos apurar nos doces momentos de felicidade.

Raquel Luiza da Silva.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Caminhos.


Estou á procura de caminhos,
Caminhos por onde vagam,
Caminhos sozinhos,
Trilhas que não conduzem á precipícios,
Nem trilhas que de mim deixem resquícios,
Por vezes quero encontrar-me,
Por vezes perder-me,
Numa busca que por vezes não consigo compreender,
Apenas quero sentir que caminho devo seguir,
Sem setas,sem metas, apenas intuir,
E na vaga lembrança de memórias distantes,
Fazer a vida não ser como era antes,
Caminhando sem entender,
Na ânsia de me encontrar ou de me perder...

Raquel Luiza da Silva.

sábado, 14 de agosto de 2010

Amanhecer.


Um dia você acorda cometendo os mesmo erros...
Descobre que em seu peito não existe nenhum segredo...
Que tudo se emaranhava como numa enorme teia...
Que todas as palavras se perderam, eram apenas seus anseios de tê-las...
E que o mundo não para enquanto você chora,
Que o mundo é uma selva aberta lá fora...
Há vida, há amores...
Campos secos, campos repletos de flores...
E que seu humor é como as estações, alegres e tristes...
A vida não tem remake, não tem reprise...
Seus pés pisam o chão...
E de repente você consegue tocar o próprio coração com as mãos...
E o que te separa do real e o ilusório são as canções...
Aquelas canções que foram de cada fase próprio repertório...
E você acorda um dia, como em todas as manhãs...
E se transforma com inexplicável afã...
Deixando coisas por conhecer...
E descobre que acordar para si é fazer da vida sempre um novo amanhecer...

Raquel Luiza da Silva.

Tempo que corre...


Vê o tempo que corre?
Já foi menino, rico e pobre,
Já brincou no lago,
Verteu-se em saudade,
Foi vidente,
Da sorte de muita gente,
Correu pelos campos,
Escritor de vidas, de anjos e de outros nem tão santos,
Foi a voz do povo,
Gritos de socorro,
Quebrou encantos,
Esqueceu histórias em um empoeirado canto,
Foi a música que falava de liberdade,de vida de amor...
Passou tão rápido com seu suave torpor,
E você ainda tenta ver o tempo que corre...
Aquele que já foi menino, rico e pobre,
Mas ele já vai longe,
Carregando consigo o que julgamos como breves instantes,
Esquecido em cantos empoeirados,
De um tempo vidente que se verte em passado,
Escrevendo vidas de anjos e de outros nem tão santos,
Apenas para ser escritor de encantos,
E as vezes tão calado quanto os gritos de socorro,
Levando e gerando vidas, sendo assim um pouco do povo,
E o tempo já vai longe...
Numa visão tão distante,
Sendo dono de toda razão,
Que de tão profunda transforma ou cega o coração.

Raquel Luiza da Silva.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Viajante.


Estou a depor minhas armas,
Deixando para trás tantos anos de lutas,
Muitos já partiram,
Muitos se perderam,
E eu continuei,
Lutando contra os moinhos de vento de minha memória,
Insignificantes batalhas,
Grandes histórias,
E meu corpo já cansado poderá enfim repousar,
É hora de retirar as ataduras,
Limpar as feridas,
Avaliar os danos,
Tudo de mim que se perdeu pelos cantos,
E me torno apenas vulto na noite fria,
Voltando para casa,
Recolhendo os cacos esquecidos pelos anos,
Atos que ficaram ao acaso,
Tão reais, tão alados,
Apenas vou seguindo,
Sem parar,
Deixando para trás os moinhos...
Os fantasmas,
Os medos,
Que se tornem de mim apenas segredos,
E restará apenas pó,
De um tempo,
De um cavalheiro andante,
Ou de simples instantes,
Voltando para casa...
Deixando minha saga de viajante,
Lembrando-me da certeza impregnada numa frase,
Da qual não há quem se separe,
E que de mim e de ti será a sorte,
Memento mori...

Raquel Luiza da Silva.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Tem dias...


Tem dias que a gente só quer...
Deitar na cama e conversar com o travesseiro,
Ir para o banho e chorar embaixo do chuveiro,
Falar bobagens só para não se lembrar que sente saudades,
Ouvir aquela música velha que por algum motivo nos invade,
Revirar a caixinha de coisas já esquecidas,
Se lembrar de um carinho,
Do ultimo beijinho,
Assumir que de algo sente medo,
Enfim revelar todos os segredos,
Ver a chuva cair lá fora,
Saber que lá vem o ônibus e perder a hora,
Fechar os olhos, contar até três e não ter mais problemas,
Ver a vida se passar como na tela de cinema,
Rolar na grama sem sentir vergonha,
Realizar tudo que a gente sonha,
Abraçar o mundo e senti-lo tão pequenino entre os braços,
Como se não houvesse limites para alcançar o espaço,
Tem dias que a gente só quer continuar a seguir,
Encontrar motivos para não parar de sorrir,
Sem entender porque nem pra que,
Apenas fazendo o melhor nesse grande palco onde encenamos a arte de viver.

Raquel Luiza da Silva.

sábado, 7 de agosto de 2010

Pequeno mundo.


Há um trem por partir na estação,
Talvez eu decida ir, talvez não...
Sob meus pés há um chão frio, duro, concreto,
Mas meus caminhos são incertos,
Há um velho mendigo que toca violino,
Ao menos conseguira algo bom, doado pelas mãos do destino,
A mulher ao meu lado chora,
Dor de quem fica, ou de quem vai embora?
Uma criança me sorri,
Nem imagina que seja dela o futuro por vir,
Vejo uma pichação em uma das colunas da estação,
Nomes dentro de um coração,
Será esse também o lugar de coisas que ficam? De coisas que vão?
Lenços preparados para serem acenados,
Cenas que daqui a pouco não serão mais que momentos do passado,
Cheiro de perfumes, misturados ao vento,
Parece que fazem andar com calma o apressado tempo,
A grande máquina de metal continua parada á minha frente,
Olha-me como se fosse gente,
E eu não sei se embarco,
Não sei se para longe daqui parto,
E o mendigo não está mais aqui,
Nem a mulher que chora
Nem a criança que sorri
Ganharam asas ou simplesmente a distância?
E eu os vejo pelo vidro da máquina que ainda continua parada,
Talvez a espera de mim, talvez a espera do nada,
Então suspiro profundamente e sigo...
Levando aquela insignificante visão comigo,
De uma criança a sorrir,
De uma mulher a chorar,
De um velho mendigo a tocar seu violino,
E de dois amores eternizados num coração,
Tudo isso naquele pequeno mundo chamado estação.

Raquel Luiza da Silva.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Coisa de Deus...Coisa minha...


Rabisquei meu livro da vida,
Como num jogo da velha,
De velhas histórias,
De contos de fadas,
De linhas tortas,
Em minha eloquencia ilógica,
Caminhando por traços livres da memória,
Como se a liberdade fosse algo que me bastasse,
Na longevidade estreita de meus passos, beirando a impasse,
Seguindo a vislumbrar a magnitude da criação divina,
Sendo de Deus, sendo só minha...
Passando por tantos viajantes,
Gente daqui, gente distante,
Que procura terra, que procura vida,
E eu descubro... Que vida feliz, que vida sofrida...
E vou virando as páginas do meu livro,
Que escrevo, que resenho,
Dia após dia...
E já não sei mais se é coisa de Deus, se é coisa minha,
Num lapso de anjo,
De quem não é santo,
Cobrindo a nudez da alma não vista,
Como a imperfeição incutida na raça humana no momento da criação,
E eu rabisco páginas da vida...
Envelhecendo á cada dia,
Num jogo de velhas histórias,
Fundidas na mutável memória,
Que na minha displicente ousadia,
Questiono-me se é coisa de Deus, ou se é coisa minha...

Raquel Luiza da Silva.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu poderia...


Eu poderia abdicar á parte parte do meu coração,
Mas jamais deixaria que isso me tomasse a razão,
Eu poderia plantar sonhos na imensidão de um deserto,
Mas isso não tornaria meu destino concreto, certo,
Eu poderia dizer que amo com a intensidade de tantas vidas,
Mas isso jamais impediria tantas pessoas de serem sozinhas,
Eu poderia escrever uma canção que desse ao pensamento asas,
Mas ela poderia ser interpretada como tudo ou simplesmente nada,
Eu poderia desejar dinheiro, impérios, ouro...
Mas nada disso seria de mim o grande tesouro,
Eu poderia perdoar todos os erros de meus inimigos,
Mas de nada valeria se não estivesse em paz comigo,
Eu poderia dizer que minha vida acaba agora,
Mas eu vejo que não depende de mim o correr das horas,
Eu sei que o verso e o reverso andam juntos,
Unidos como tudo no mundo,
E é por isso que eu simplesmente vivo,
Tendo coisas boas comigo,
Eu planto, eu colho,
E sei que tudo passa diante de meus olhos,
As marcas de um tempo imperioso que deixa a vida em repouso,
Caminhando com a euforia depois de uma grande festa,
A realidade é essa,
Entre, mas deixe a porta aberta,
Porque atrás de si muitos virão,
Trazendo consigo o frescor de uma nova estação.

Raquel Luiza da Silva.