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domingo, 22 de agosto de 2010

Sem perder-me.


De todos os tesouros que guardo,
Nenhum é tão valioso quanto as lembranças do passado,
Pequenas coisas que não deixo escapar pelos vãos dos dedos,
E que são da memória eterno brinquedo,
Tantas pessoas que partiram num adeus doído,
Levando de mim um pouco consigo,
A visão materializada na mente, de coisas que acredito,
Do pouco que trouxe para o presente,
Envelhecer não me assusta,
Deixar tão longe a infância é que me custa,
Abrir mão de pequenos momentos,
Que fizeram parte desse tempo sedento,
E ainda não sei ser gente grande,
Jogar com a vida xadrez de peças vivas,
Equilibrando num tabuleiro de tortas linhas,
Tentando entender para que lado tenho que ir,
Se devo ficar ou partir,
Carregando para todos os lados meu valioso tesouro,
Que não abro mão nem a peso de ouro,
Porque é onde se esconde a identidade minha,
Mesmo jogando acompanhada ou sozinha,
Não perdendo partes de mim nesse tempo que a passos largos caminha.

RaquelLuiza da Silva.

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