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domingo, 8 de abril de 2012

Horas mortas.



Se hoje o tempo mais rápido passar...
Olhe-me nos olhos apenas,
Não digas nada,
Apenas deixe-o partir enquanto cá ficamos nós,
Límpidos mares incontidos de desejo,
Ondas indomáveis,
Calor incontrolável,
Almas pecadoras...
Seja teu corpo meu trono,
Seja meu corpo morada tua,
Enquanto passa esse tempo...
Cá ficamos nós.
Entre o flagelo das horas,
Entre a eternidade do toque,
Eu sou teu mar,
Tu és ondas minhas,
Triunfante torpor do Éden,
Tomando forma,
Tomando vida...
E o embriagante momento,
Formas toma,
Formas de vento,
Entrelaçados nessa uníssona canção de gemidos,
De prazer,
Já não ouço mais meu coração...
Tão surdo aos apelos da razão,
É corpo,
É fogo,
É paixão...
Brasa viva pulsante,
Nessa carne que desfaz-se em pura nudez,
Tocada pelo relento das horas,
Horas nossas...
Horas mortas...


Raquel Luiza da Silva.

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