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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Alado.



Por entre os dedos corre o tempo,
Poeira de momentos...
Toque imperdoável do que se foi,
Saudade oculta no temido passado,
Foi-se...
E o correr das horas em descompasso com meus pesados passos,
Deixe partir,
Não se pode aprisionar fragmentos invisíveis,
O que foi não voltará a ser,
O céu pintado de azul,
O beijo ardente,
A lágrima corrente...
Foi-se...
E onde agora estou?
No mesmo lugar?
Entre o que fui e o que sou,
Entre flores,
Beija-flor...
Foi-se...
E tantos sois se foram,
Marcaram Eras do que já era,
E aqui ainda estou,
Abraçando o vento,
Olhando através de minhas lentes cristalinas o vazio do que já não mais existe,
E esse tempo?
Persiste, insiste...
E esse tempo?
Foi-se...

Raquel Luiza da Silva.

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