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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Paz


Quero um pouco de paz,
Não a paz comercializada nos templos religiosos,
A paz rica em bênçãos que não se encontra nos frascos e envelopes que custam um propósito financeiro,
Quero a paz que vai do antigo ao novo Testamento,
A paz revestida de luz e doação espiritual,
A que transforma o coração e que não cega,
Que é tão necessária quanto o ar que respiro,
E tão real quanto minha existência nessa terra,
Quero um pouco de paz,
A paz que foi resgatada da morte um dia,
Que foi gerada por Deus e em Deus,
Aquela paz que a Virgem Maria trouxe no ventre,
E que ao nascer trouxe luz,
Adormeceu em um berço de palha, num estábulo,
Tão humilde,
Tão pequena,
Tão cheia de Deus e vazia do mundo,
Quero a paz que habita nos vales,
No doce da manhã,
Na nostalgia do cair da aurora,
Na noite que entorpece,
Aquela que alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes,
Que disse á mulher que tocou em seu manto: “A tua fé te curou”.
Ou ainda, aquela que fez o cego enxergar,
Que fez coxos andarem,
Quero essa paz que abriu os olhos do mundo,
Mas que o mundo se fechou a ela, se escondendo nos luxuosos templos,
Quero a paz que não se transforma em dinheiro,
Que é verdade mesmo quando o terreno é de inverdades,
A paz que não condena,
Que não consome,
Aquela que faz nascer, ressurgir, crescer,
Aquela que não tem limites,
Aquela que não deixou religiões, apenas ensinamentos,
Quero a paz que se perdeu na vaidade humana,
Que se transformou em pequenos fragmentos de luz nos corações terrenos,
Quero a paz que se perpetua pela fé,
Nos braços das verdades de Deus,
Quero apenas a paz de Jesus.


Raquel Luiza da Silva

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