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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lágrimas de tinta.


Era a dor que forjava o sofrimento,
Era a lágrima que corria a seu contento,
O que me ia á alma vertia-se em palavras,
E meus olhos embaçados nada viam,
Nada sentiam...
Não eram de vento,
Não eram de chuva,
Lagrimas de tinta corriam pelas ruas,
Em letreiros de neon,
Nas notas da canção proibida,
Eram dor,
Eram vida,
Num renascimento que nunca se se soube,
Partes vivas,
Encarnadas naqueles caminhos,
Um sangue carmesim,
Encrustado naquelas poucas cores,
Linhas divididas,
Suavemente destorcidas,
E a veste de festa de outrora,
Hoje repousa do lado de fora,
E o que nasce nesse corpo,
São lembranças do que se sentiu,
Apenas toques, setas de puro ardil.
E tantos olhos incrédulos ainda vislumbram,
Ainda que não entendam ou sintam,
Tanta dor, nessas lágrimas de tinta.


Raquel Luiza da Silva

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