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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Brincado de ser...


Por vezes penso que sou criança brincando de ser gente grande,
Em um mundo de coisas superficiais,
Onde a razão é desnecessária quando se tem um truque na manga,
E o imoral é mais sensato do levar tudo a serio,
Olho a vida pelas lentes escuras de meus óculos,
Como se não fosse minha, essa responsabilidade de ser gente,
De abraçar os caminhos com a voracidade de um estômago invisível,
E eu não sei mesmo quem vai ao meu lado,
Gente daqui, gente de lá...
Nessa caixinha redonda que gira, gira...
Como se no correr das horas, tudo isso fosse um propósito apenas, para dar voltas á minha cabeça,
Cabeça vazia, cabeça dura, cabeça pensante, cabeça...
E tudo o que sei está nos livros,
Ou nos bancos da tal escola vida,
Onde se é corriqueiro a greve moral,
Por vezes falta um pouquinho disso ou daquilo...
Mas todos acabamos diplomados,
Uns com algum juízo, outros sem nenhum...
E mais uma vez não sei quem vai ao meu lado,
Porque o tempo, senhor das mudanças, muda tudo...
É como se isso fosse mesmo a realidade escondida na primeira esquina,
É como se o óbvio fosse a encarnação da verdade,
E é por isso que penso que sou criança,
Criança brincando de ser gente grande,
Carregando nas costas as responsabilidades de uma idade,
Sem perder a graça e real sabedoria da tenra idade que preservo interiormente.

Raquel Luiza da Silva.

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