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domingo, 31 de outubro de 2010

Número da sorte?


Bom...9:36, acabei de votar, hoje foi jogo rápido, nada de filas, nada de gente presa na urna...
Ah é isso, a gente já vai votar com um pesar danado, o aparelho se chama urna, urna eletrônica, consequentemente mais rápido, aqui no interior geralmente se refere a caixão como "urna", então a gente fica com o coração doído em pensar que está enterrando o Brasil e de forma rápida, eletrônica...
Se fiz a escolha certa?
Perguntinha difícil hem!
Nem sei viu, o que posso dizer é: Vamos esperar para ver e se não for...A gente lamenta é só o que nos resta.
Já exercí meu poder de cidadã, obrigada, mas exercí...
Agora é só esperar o resultado, isso é como jogar no bicho ou na Sena!
Tomara que meu número seja de sorte, tem cara de azar, mas eu nasci nesse dia, então, é um número lindo!

Raquel Luiza da Silva.

sábado, 30 de outubro de 2010

...


De acordo com a ciência histórica humana, nossa raça é proveniente do macaco, sempre tivemos o péssimo hábito de escolher alguém para jogar a culpa...Poderão os pobres símios se defenderem de tal acusação ?

Raquel Luiza da Silva.

Simplesmente Amor.


Podes dar-me dar um segundo?
Apenas um segundo...
Para que me olhes nos olhos,
Para que me sintas,
Talvez tenha se perdido em turbilhões de sentimentos,
Em pensamentos inquietantes,
Então, apenas um minuto será o suficiente para que me sintas de forma completa,
Resumindo minha falta em sua vida no apenas girar dos ponteiros do velho relógio,
No mínimo correr do tempo,
Apenas um minuto para sanar a carência que tens de mim,
Deixe-me adentrar em teu coração,
Talvez faça um grande estrago, talvez seja tão doce quanto da ultima vez que nos cruzamos,
Apenas um minuto para revolucionar, criar ou simplesmente deixar as coisas como estão...
Apenas quero que me olhes nos olhos e dê-me um minuto...
E eu dir-te-ei o que fazer em todas as horas de tua vida,
Abraçando cada espaço de teu corpo,
Cada suspiro de tua alma,
E então, deixarei que partas comigo,
Cheio de mim,
Em mim,
Eu em ti,
Deixe-me vedar as arestas ainda abertas pelos últimos momentos,
Os vãos deixados ao acaso,
As feridas não cicatrizadas,
Estou dando-te a chance dada a todos os mortais,
Apenas porque nasço sempre que me perco ou que me perdem,
Porque dou-te a mim,
Dou-te a capacidade de me reinventar e novamente conquistar a tua felicidade,
Apenas...
Unicamente...
Simplesmente...
Porque eu sou o Amor.

Raquel Luiza da Silva.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

...


Se eu tivesse apenas um dia para decidir sobre um desejo, eu desejaria mil anos para ter certeza de que desejo seria.

Raquel Luiza da Silva.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Psiquê da loucura.


Aprendi a conviver com meus demônios, já que não os podia expulsar,
Desperdiçar alguns minutos do dia apenas para vê-lo se findar na ponta de um cigarro,
Degustar uma fruta madura, saboreando o doce de poder sentir aquela sensação de prazer.
E então aprendi a desligar a TV e assistir o drama da vida real que morava do outro lado da janela,
Ouvir a música destorcida de talheres em orquestra nas mesas vizinhas e tentar descobrir cada nota, cada acorde...
Velar o sono de quem não dorme, apenas para olhar o branco do teto que nada diz,
Então aprendi a me ver no espelho e não temer a figura gasta pelo tempo e um pouco empoeirada pela poluição da rua, ela era eu,tão eu que me assustava...
Fechar os olhos e imaginar o que estaria á minha espera, se tornou um belo jogo, porque eu sempre acertava o que podia me esperar,ás vezes os móveis da sala ou a janela aberta...
E eu aprendi a contar o valor das coisas em cada experiência vivida e não na ponta de um lápis a rabiscar números num papel,ou a calcular como todo mundo,
Eu não precisava ser todo mundo, era apenas a figura gasta pelo tempo e com um pouco da poeira da rua, que queria apenas ser-se,
E porque?
Não sei, mas aquela vontade de fazer o que ninguém fazia para sentir a vida entrelaçada em meus ossos, nervos e pele..., simplesmente me fascinava...
Então aprendi á dizer adeus quando queria ficar e ficarei quando queria partir, só para contrariar cada pedacinho do meu eu,
E não sei por que me dava prazer apenas ficar parado olhando os ponteiros do meu velho relógio de pulso passar enquanto todos corriam,
Eu dancei na chuva, não porque fosse belo, mas porque queria um resfriado que me prendesse á cama só para que eu merecesse um pouco de atenção, de quem? Não sei...
Por fim comecei a pensar que a loucura se tornava algo essencial ao meu vocábulo de vida diário, pequenas doses, pequenas ousadias...
Então não argumentei quando disseram que eu era normal, mas não estava normal,
Desfiz a figura gasta e empoeirada no espelho, apanhei minhas coisas, ajeitei o cabelo, ousei o primeiro passo,aliás, um mundo me esperava...
Senti que teria saudades daquele meu mundo...De louco? De loucuras? Não sei...
Então caminhei, me entregando á camisa de força que são os dias normais, as rotinas e o seguir as horas...
Me prendi de vez ao mundo normal de coisas anormais...
Nunca mais vi a figura gasta e empoeirada no espelho, apenas seu reflexo, num ser certinho sem nenhum amarrotado ou poeira, gritando para que eu lhe afrouxasse a gravata e lhe tirasse aquele terno...
E eu não a libertei...
Porque tive medo de ser ousado, talvez louco, num mundo normal de coisas anormais e tudo durou nada mais que um dia que me valeu a insanidade da alma, como em mil anos.


Raquel Luiza da Silva.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Utópico pensar.


Fecharam-se os pórticos da memória,
Apenas os fantasmas recentes se fizeram livres,
As lembranças a se espalharem feito velho papel de parede embolorado,
E a imagem a esvair-se sobre o peso dos anos,
E o que era passado ficou em seu canto,
Tão esquecido quanto a canção do exílio,
Antes se fazia política por liberdade,
Hoje é utópico pensar nisso,
E então enterramos nossos heróis,
Que descansem em paz em suas tumbas,
Nesse solo brasileiro...
De Joões, Marias e Josés...
Num Brasil de todos, mas não para todos,
E os heróis...
Hoje jazem em suas tumbas,após o dever cumprido,
E nós a esquecermos de tão valorosas lutas,
Porque antes se fazia política por liberdade,
Hoje é utópico pensar nisso.

Raquel Luiza da Silva.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ao encontro do dia.



Não ficarei a espera de um novo dia...
Caminharei...
Sentirei o vento frio e namorarei os resquícios da noite,
Ainda há estrelas por adormecer,
A bela lua se apagará num estalar de dedos,
Mas enquanto ela me espreitar de sua sacada invisível...
Caminharei...
Sem pressa...
Sem medo...
Sem parada certa...
Apenas a enamorar-me dos resquícios da noite,
Deixando que o breu aos poucos, com o toque da intrépida luz do amanhecer resolva partir,
Então...
Voltarei para casa, após vislumbrar tamanha beleza,
De uma lua a despedir-se da terra,
De estrelas que se apagam como tímidos vaga-lumes...
Enquanto o majestoso sol, dispersa seus raios por toda parte...
E seguirei acompanhada do dia,
Esse dia que fui ao encontro, enquanto todos apenas o esperavam nascer.


Raquel Luiza da Silva.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Apenas pó...


Era apenas pó,
Com o toque das mãos do Criador tomou forma,
Com o sopro dos lábios tomou vida,
E ganhou uma companhia tirada de si,
E descobriu junto dela o céu e o inferno,
O paraíso e a terra...
A arte de moldar,
A arte de criar,
A arte de dar a vida...
E a escultura tornou-se escultor,
Imagem e semelhança de quem a criou,
Deteve nas mãos todas as artes,
Na mente todas as imagens,
Porém nunca mais voltou a ver o paraíso,
Tão seu era o ato, tão enorme o precipício...
E a escultura então se resignou,
Aprendeu a viver,
Plantar e colher,
Conviver com a alegria e a dor...
Até voltar a sua real forma,
Ao pó que a gerou...


Raquel Luiza da Silva.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E se me encontrar...


Se eu me perder e você me encontrar, apenas sorria,
Deixe que teus lábios me ditem as descobertas que nenhuma palavra seria capaz de mostrar,
E se ainda julgar pouco para meu entendimento,
Deixe que seus olhos expressem o que não seria capaz de mostrar em gestos,
Não me faça crer que nada sei,
Apenas me conduza para que descubra o que não encontrei,
Se eu me perder e você me encontrar,
Talvez queira que toque meu sorriso com seus lábios,
Talvez queira que parta,
Que fique,
Que se desfaça,
Mas não diga nada,
Não faça alarde pela sua descoberta,
Deixe que também me encontre,
Que me refaça,
Sem medo,
Sem alarde,
Para que me sinta á vontade,
Mas me deixe partir ao amanhecer,
Não queira prender a brisa que sopra,
Nem o tempo que tudo transforma,
Se me encontrar deixe que eu parta,
Para que fiquem as lembranças,
Para que me guardem as palavras ,
Sem medo,
De me perder nos segredos que em mim se encontram
Raquel Luiza da Silva

sábado, 16 de outubro de 2010

?


O tempo não para,
Por isso devemos estar sempre a correr,
Fundindo a loucura cotidiana com os momentos de paz...
Teremos vontades, ânsias, uma insatisfação frustrante,
Na verdade somos seres evoluídos?
Ou seres em evolução?
A constância e a velocidade dessa evolução será sempre um mistério,
Se é mesmo que ela existe,
Se é mesmo que ela tem formas, medidas e tempo,
Tempo que não para, enquanto estamos sempre a correr.
E enquanto nada se prova,
Nada se concretiza,
Vivemos com nossas dúvidas,
Vivemos com nossa falta de resposta,
E evoluímos?
Sei lá...
Não temos tempo, porque o tempo corre,
E a gente não para,
Ou o tempo não para e a gente corre?
Sei lá...
Se não temos respostas para todas as perguntas,
Se ainda temos dúvidas,
É porque a gente corre atrás de um tempo que não para,
Isso é evolução?
Ou isso é evoluir?
Ou isso não é nada?
Depende do ponto de vista,
Depende de apenas um ponto,
O qual nos impulsiona a correr atrás do tempo,
Ou esperar que ele passe...

Raquel Luiza da Silva

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

...


Quero um tempo de palavras mortas,
Quero um tempo de surdez atípica,
Para apenas aprecisar o silêncio que se faz quando se quer algo que jamais irá existir.

Raquel Luiza da Silva

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Coisas de valor



Queres mesmo saber o valor das coisas que trago comigo?
Algumas preservei e não se perderam por ai,
Guardei-as acreditando que um dia poderiam servir,
Talvez não a mim, talvez não a ti,
Talvez a alguém que de longe venha,
Ou de perto se aproxima,
Apenas para saber o valor das coisas que trago comigo,
São tão pequeninas que talvez não as perceba,
Comecei por apresentar-te a gentileza,
Ela chegou antes de mim,
Abriu a porta e o acolheu,
Talvez nem a notara,
Mas ela pacientemente lhe fizera sala,
E agora estás á falar com a simplicidade,
Porque abrindo estou a minha pequena casa,
Esta que costumo chamar de eu,
Deixando que visite cada cômodo, sem incômodo,
E agora sem que notasse, apresentei-lhe a humildade,
Despindo minha carapaça totalmente humana,
Para conhecer a essência que de mim emana,
E o diálogo, tomou forma por mim,
Tão perdido ás vezes,
Que se tornou comum sua timidez,
Mas ele não se desfez,
E agora entre nós se firma a sabedoria,
Não minha, não tua,
Mas nossa, de tal forma...
Que teu silêncio ao me ouvir faz de ti tão sábio quanto eu,
Que trago tais coisas de valor comigo,
Porque o verdadeiro sábio deixa perder as palavras...
Para apenas descobrir os valores de um ser humano que faz de si simples abrigo de valores perdidos.

Raquel Luiza da Silva.