terça-feira, 3 de julho de 2012
Tempo...Tempo...
Perdi a conta de quantas palavras deixei morrer em meus lábios,
De como olhava o mundo com olhos fechados tentando encontrar respostas...
De como tudo mudou ao meu redor enquanto eu dormia,
Não vi o sol nascer,
Não vi o sol se por,
O tempo e eu andávamos atados um ao outro,
Eu sempre por acabar, ele sempre acabando...
Mas pude entender a dor de perdas valiosas,
De horas de insônia infindáveis,
O tempo por vezes não passava, insistia em não deixar-me ir...
E eu aprendi a abraçar cada pedaço de vida, deixados pelos cantos...
Aprendi a tocar o céu quando descia de meu orgulho,
Aprendi...
A caminhar acompanhada, só, sendo eu, sempre eu,
E deixei alguns minutos para o nada,
Para o vazio das horas ociosas...
Um pouco de tempo para o tempo que não para...
Então adquiri migalhas de sabedoria, sugadas das páginas de empoeirados livros,
E li sorrisos,
E li lágrimas,
E li...
Cada minuto deixado de lado correndo atrás do...
Do tudo que me era tão desnecessário para ser feliz,
Então eu parei,sentei-me e vi o sol nascer...
E as horas passaram-se...
E vi o sol se por...
E aprendi a viver sem as horas,
Com o tempo acorrentado a mim, beijando palavras que nunca saíram de meus lábios.
Raquel Luiza da Silva
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