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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Distante.

O tempo debruça-se sobre os ponteiros do relógio morosamente...
A monotonia das folhas amareladas a caírem das árvores lá fora, causam-me um certo pavor,
Estou só...
Em relapsos , risca-me a mente as lembranças, inóspitas nesse momento...
E eu cá não sei, se sou ou se serei...
Folha amarelada caída de uma árvore qualquer...
Estou só...
Cobrindo de cinza os quadros,
Lançando fora a beleza das cores primaveris,
Ah... Já não cantam os sabiás...
Os gorjeios ficaram tão silenciosos...
E eu, calado pássaro, observo o tempo que não passa,
Sentindo o frio dessa minha árvore de concreto, circundada por tantas outras...
Esse silêncio que deveria sufocar-me, traz-me um certo alívio,
A mente barulhenta descansa por instantes, em paz
Eu sou pássaro,
Vivendo em árvore de concreto, como tantos outros, como tantos outros...

Raquel Luiz da Silva.

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