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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


 
A mulher terminou de ler o poema e chorou, achou-o tão parecido com sua triste realidade solitária. O homem por sua vez achou bobagem, coisa de filósofos lunáticos. A amiga da mulher gostou das palavras, de alguma forma tinham um quê de verdade, de sentido. O amigo do homem nada entendeu. A amiga da amiga da mulher copiou e enviou-o a alguém. O amigo do amigo do homem achou belas as palavras, mas eram apenas palavras e palavras não mudavam o mundo... Mais alguém achou de uma monotonia sem igual, e o outro comentou que poderiam com aquilo fazer uma revolução interior...
Eu li novamente e continuei a ver o céu estrelado, a brisa tocante naquelas páginas mudas, o beijo que não aconteceu, o adeus da partida misturando-se com a euforia da chegada, e lá pelas ultimas palavras, morrendo naquele ponto final, a imaginação que começava, eu podia ler novamente e ver as mesmas coisas, porque as palavras nunca mudam, o que muda é a interpretação refletida nos sentimentos, que não mudam com palavras.

Raquel Luiza da Silva.

2 comentários:

  1. Nem sei como pude ficar tanto tempo ser ler seus textos. Tantas atribulações com este computador... tão interessante quando textos tem outras interpretações quanto lidos por diversas experiências. Até por isso não é legal dizer de certo e errado em algumas situações de interpretação.

    Até mesmo ler pela segunda vez, pegando um detalhe que fugiu.

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