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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Primeira vez


O poeta tem a eterna mania de transformar a tristeza em algo aceitável,
Talvez sua alegria choque por ser tão nostálgica,
Ou por suas lágrimas serem nada mais, nada menos do que palavras,
Palavras que se espalham caladas,
Num silêncio tão profundo para não chamar atenção,
Porém gritantes o suficiente para confundirem a todos, ou apenas a um coração,
Tão ateístas,
Sofridas talvez,
Mas cheias de tantas coisas,
Que sempre que escritas,
No passar de tantas Eras, soam como se fosse a primeira vez.

Raquel Luiza da Silva.

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