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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Paraíso


Alva e terna vida a despontar no final do túnel,
Dizem que o tempo jamais passa por ali,
Os caminhos nunca têm fim,
Dizem que não se pode mais sair dali.

A beleza é nata,
Os sons são de perfeição,
Dizem que os anjos fazem a canção,
Não se lembram mais, apenas amor há nos corações.

A dor não pisa a grama verde,
Os corpos não sentem mais sede,
Dizem que se pode as estrelas tocar,
O sol é ameno ao brilhar.

O leão pasta com o cervo,
A criança a rastejar com a serpente,
Juntos todos os povos, toda a gente,
Dizem que a maldade é inexistente.

Ali estão os que partiram,
Os gritos da terra nunca mais ouviram,
A vida se resume em vários sorrisos,
Essa é a minha definição de Paraíso.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

ONDE ME DÓI


Cada coisa tem seu significado, têm algumas que de tão complexas ficam no esquecimento, mas às vezes as respostas estão ali á nossa frente, pedindo, gritando para que as vejamos, porém é mais fácil da-se as costas e ir atrás de coisas mais fáceis, aliás, somos humanos!
Certa vez parei para entender o que me levara a gostar tanto de escrever, bom...Foi fácil me lembrar da infância e do tipo introspécto que era, sempre a calar-me diante disso ou daquilo, temendo o escuro por causa das historinhas, porém sempre me dava vontade de me sentar com meu caderninho velho e meu lápis roído para fazer poemas, legal isso, porque detesto escrever poemas, mas eles gostam de se escreverem e quando cismam, por si só tomam formas com rimas ou ñ, é como se auto se escrevessem na tela do meu pc, e eu? Apenas toco as teclas para que nasçam como o fênix das cinzas, ou meramente são cinzas aspirando se tornarem fênix, as vezes se tornam, as vezes ñ, e adormecem numa folha qualquer impressa sem muita satisfação.
Bom...Acho que mais fácil é saber quem nasce primeiro se é o ovo ou a galinha do que descobrir como se nasce uma escritor ou escritor de meia boca (meu caso rsrs), porque são vários os aspectos predominantes que é assustador ou mágico se tentar desvendar,porém é uma das poucas coisas que de tão complexas se é preferível dar-se as costas e procurar coisas mais simples para desvendar, como quem foi o bem aventurado que deixou a agulha cair no palheiro.
Na verdade nunca sei o que gosto de escrever, nunca tenho um estilo definido, hoje me embrenho no drama, amanhã ñ sei o que me apetecerá escrever ou ate mesmo se escreverei algo, pode ser que me doa a cabeça ou me dê a santa preguiça das segundas-feiras, nunca se sabe.
Creio que muito falta para que eu aprenda mesmo a arte das letras, amadurecer no que escrevo, o que não quer dizer que tenha sempre que escrever qualquer coisa séria ou boa, porque escrever é algo que está ligado de dentro para fora com tal intensidade que se é difícil controlar tamanho impulso, então nunca se sabe o que vai surgir.
São tantos os defeitos que a convicção chega a ser certeza em certos momentos e quem lê acredita ou finge que acredita ser real, mas às vezes até que é, e as palavras chegam á sangrar como que vivas a tomarem formas de tantas vidas figuradas em um único enredo, são as histórias reais ou não,poesias bem escritas ou não, mas que fascinam de tal forma que nos aprisionam á certas lembranças e que muitas das vezes se parecem conosco em algum momento.
Não sei se algum dia saberei ao certo onde me dói na forma de escrever para melhorar o que rabisco por aqui, porque a gente muda conforme o tempo, ou o tempo muda conforme a gente, nunca se sabe.
A única coisa que sei é que escrever não é apenas uma arte, mas a arte de viver de forma diversificada o oculto que existe dentro de nós, ainda que as palavras não tenham força suficiente para ganharem o mundo ou que possuam a profundidade de um pires.
Acho que aos poucos vou tentando descobrir onde me dói, no lado imaginário de minha existência, em que se busca a perfeição onde ela jamais existirá, nas palavras tortas das linhas certas desse grande livro chamado vida, escritas por maõs divinas e caligrafadas por maõs humanas.


Raquel Luiza da Silva.