Palavras ditas tarde demais,
O sentimento que se encolhe e se esconde,
É o medo que não o deixa crescer,
E ele se encolhe, se esconde...
A rudeza das palavras a sofrejar na mente,
De tal forma que torna em eternidade o momento presente.
E as lágrimas não tardam á vir,
Quentes com a frieza da dor que carregam,
São cristais que desprendem da alma e nunca serão lapidados,
Porque carregam consigo a vulnerabilidade do coração,
São senssiveis ao toque de mãos.
E a boca maldiz o que não foi pronunciado,
A culpa na mente faz renegar o que ainda resta do ser,
Virá a espera por uma nova chance,
O peito se abrirá em esperança,
Abrigando sentimento novo,
Para que se aprenda que errar é humano,
Que ter medo é a melhor forma de dar vazão á não realização de sonhos,
E então não se saberá se a espera é pior do que a dor presente,
Tal como sente,
Dilacerante,
Corrosiva,
Fria,
Mesquinha...
E as palavras chegaram tarde demais,
Porque a lua já vai alta no céu,
Se despindo da noite que tanto ama,
E as sombras agora são apenas sentimentais,
Enquanto o coração jura para si que não haverá outra chance,
De chegar tarde demais.
Raquel Luiza da Silva.
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