Espalho palavras pelas folhas em branco,
Lembranças de sorrisos e prantos,
Beijos segredados em lábios abstratos,
Abraços guardados em porta retratos.
E ao longe vejo,
Chegadas e partidas,
Aconchegos e despedidas,
Minha alma desnuda,
Revestida de tantas vidas.
Em cada passo laços,
O tempo a desfazer-se em cacos,
Já não sei se minha carne é carne,
Ou se é o pó da estrada, que um dia Deus soprou,
De seus átrios, do nada.
Já não sei...
Se sou imoral.
Imperfeita,
Imortal...
Se sou chama,
Calor,
Dor,
Morte,
Vida,
Amor.
Misturo-me com a tinta, com as palavras, sentimentos...
Transformo-me com o vento, com o tempo...
E de longe sou a lucidez humana explicada, compilada.
Talvez eu seja apenas a poesia,
Criação de mãos divina,
Espalhada pelas folhas em branco,
Nesse pacato recanto.
Se sou de carne não sei,
Se sou palavras, talvez...
Poesia que sangra,
Alma que derrama-se.
E de longe sou a perfeição,
Arte forjada por mãos,
De Deus,
Do vento,
Do tempo.
Raquel Luiza da Silva.
Minha alma desnuda,
Revestida de tantas vidas.
Em cada passo laços,
O tempo a desfazer-se em cacos,
Já não sei se minha carne é carne,
Ou se é o pó da estrada, que um dia Deus soprou,
De seus átrios, do nada.
Já não sei...
Se sou imoral.
Imperfeita,
Imortal...
Se sou chama,
Calor,
Dor,
Morte,
Vida,
Amor.
Misturo-me com a tinta, com as palavras, sentimentos...
Transformo-me com o vento, com o tempo...
E de longe sou a lucidez humana explicada, compilada.
Talvez eu seja apenas a poesia,
Criação de mãos divina,
Espalhada pelas folhas em branco,
Nesse pacato recanto.
Se sou de carne não sei,
Se sou palavras, talvez...
Poesia que sangra,
Alma que derrama-se.
E de longe sou a perfeição,
Arte forjada por mãos,
De Deus,
Do vento,
Do tempo.
Raquel Luiza da Silva.