Translation language

Total de visualizações de página

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Enxaqueca


Hoje tenho enxaqueca,
Passo a debulhar o rosário do existencialismo,
Tentando fugir da regra do ser e da questão,
Que me atormentam de tal forma que a náusea se torna a única coisa que aguça meus sentidos,
Não há nada nesse momento que me faça olhar além do facho de luz que entra pela janela...
E isso me arde os olhos...
A sensação é estranha,
A cabeça a latejar, a respiração lenta...
A humanidade as vezes se sente assim?
Tão deprimida e indefesa diante de olhos que apenas observam um facho de luz?
E a sensibilidade é desconhecida porque todos dormem enquanto a dor transpassa cabeças pensantes?
Maldita enxaqueca!
E os olhos se tornam rasos, desejosos de não mais enxergarem a luz que os irrita, mas que ao mesmo tempo os prende,
Só há uma solução para que não haja luz nesse momento...
E em minha soberania de raça superior tapo a cabeça, mas num ar doído de quem implora, brado:
"Será que alguém pode apagar as estrelas, por favor?!"



Raquel Luiza da Silva

4 comentários:

  1. Raquel,
    Lindíssimo e profundo o seu poema "Enxaqueca"!
    Gouveia e os gouveianos se orgulham de você!
    Beijos e...
    Continue a nos encantar, sim?
    Dorinha, sua fã e conterrânea

    ResponderExcluir
  2. Tudo bem Mih, espero que com vc também esteja.
    Obrigada a vc e a Dorinha pela leitura.

    Abraços!

    ResponderExcluir
  3. Que linda poesia que tocou q minha alma nessa descoberta minha da brusca enchaqueca.

    ResponderExcluir